Esta é uma chamada de capa no Estadão do dia 02 de fevereiro deste ano. Sim, 24 dias antes de termos o primeiro caso de Covid-19 no Brasil.
Trata-se de uma matéria de uma página inteira, descrevendo a rapidez com que os laboratórios começaram a trabalhar na vacina, aproveitando tecnologia já desenvolvida para as epidemias da SARS em 2003 e da MERS, em 2012. A reportagem conta que, horas depois de a China ter disponibilizado o sequenciamento do vírus, no dia 10 de janeiro, a Moderna já havia começado a trabalhar no desenvolvimento, comparando o SARS-COV-2 com os vírus anteriores já conhecidos.
Assim como um dia já foi impossível viajar de São Paulo para Nova York em pouco mais de 9 horas, também já foi impossível o desenvolvimento de uma vacina em menos de um ano. A tecnologia avança, e coisas que eram impossíveis passaram a ser possíveis.
Esta matéria mostra que a expectativa de ter uma vacina em um ano era realista, dadas as informações já acumuladas e a montanha de dinheiro investida na pesquisa por vários laboratórios no mundo inteiro.
Como toda tecnologia nova, tem os seus riscos, sem dúvida. Cabe a cada um decidir se vai tomá-los. Mas não cabe duvidar da engenhosidade humana, capaz de fazer coisas incríveis quando premida pela necessidade. Sim, desenvolvemos uma vacina em menos de um ano. Os testes em fase 3, com milhares de voluntários, indicam segurança e eficácia. É um feito extraordinário, que merece celebração. A celebração do gênio humano.