A popularidade do presidente caiu aos menores níveis de seu mandato, equivalente ao patamar que prevaleceu entre os meses de maio e julho do ano passado, coincidentemente, o período em que vimos o número de óbitos subir de maneira relevante e permanecer em patamar elevado.
O número de óbitos começou a cair a partir de agosto, o que, em conjunto com o auxílio emergencial, fez com que a popularidade se recuperasse nos meses seguintes.
Não se trata ainda de um nível desesperador para o governo, mas acende uma luz amarela. Neste nível de popularidade, dificilmente um governo se reelege ou elege seu sucessor, é o que mostra a história. A boa notícia para Bolsonaro é que as eleições estão a um ano e meio de distância e a pandemia tem data para terminar, com o avanço da vacinação.
A questão que fica é o rescaldo da crise: quanto cresceremos e qual será a velocidade de recuperação do emprego, considerando a resposta lenta da vacinação. São estes os fatores que determinarão as chances de reeleição, por mais que a resposta à crise sanitária tenha sido um desastre.