Este é o trecho final de um artigo cometido pelo jornalista Bernardo Mello Franco.
Deve estar com problemas de memória, o Bernardo. Vamos ajudá-lo.
– Logo que tomou posse, o primeiro casal plantou uma estrela do PT nos jardins do Alvorada. A separação entre Partido e Estado sempre foi uma dificuldade para os petistas. Típico de partidos autoritários.
– Lula, e depois Dilma, insistiram várias vezes na criação de “conselhos populares” como instâncias decisórias, que teriam poder sobre a administração pública. Quem já participou da política estudantil sabe como essas coisas funcionam: esses “conselhos” de “populares” só tem o nome. São aparelhos do Partido, onde a dissidência não existe. Seria uma forma de bypassar o Congresso.
– Lula, e depois Dilma, ensaiaram várias vezes o controle “econômico” da mídia. Claro que, segundo os petistas, não tem nada a ver com conteúdo, nada de censura. É só tornar virtualmente impossível a sobrevivência de uma imprensa independente.
– O Mensalão e o Petrolão não foram apenas casos de corrupção. Corrupção é, por exemplo, superfaturar uma obra para ficar rico. Não. Mensalão e Petrolão foram concebidos para comprar o processo legislativo brasileiro. Não consigo pensar em nada mais anti-democrático do que isso.
Bernardo Mello Franco, assim como provavelmente fará boa parte da intelectualidade brasileira, declara seu voto em Haddad no 2o turno. Afinal, o PT cometeu apenas alguns erros, nada que colocasse nossa vibrante democracia em risco. Já Bolsonaro representaria o risco da volta da ditadura militar.
Assim é se assim lhe parece.