O Estadão traz uma entrevista com Steven Levitsky, cientista político de Harvard e autor do livro “Como as democracias morrem”.
Segundo Levitsky:
– O impeachment foi legal mas foi contrário à um certo “espírito da lei”, ao substituir um governo de centro-esquerda por outro completamente diferente, o que teria fraudado as eleições de 2014.
– Excluir qualquer candidato das eleições “é algo perigoso a se fazer”.
Adivinha qual o candidato, na visão deste senhor, que representaria o “perigo” para a democracia?
Segundo Levitsky, as democracias liberais não são simplesmente majoritárias. Por exemplo: mesmo que 99% da população vote pelo fim da liberdade de expressão, em uma democracia liberal o presidente não poderia fazer isso.
Será que Levitsky sabe que esse partido “de centro-esquerda” que foi apeado do poder defende a “regulação da mídia”?
Será que Levitsky sabe que esse partido “de centro-esquerda” usou os instrumentos da democracia para solapar a própria democracia, ao aparelhar os órgãos do Estado e comprar votos no Congresso?
Será que Levitsky está sugerindo que, em uma democracia liberal, um sujeito possa ser candidato à presidência mesmo preso? Ou que ele está preso somente por ser candidato, e em uma democracia liberal ele não estaria preso?
Levitsky compara Bolsonaro a Chávez, e coloca o PT ao lado das “legendas democráticas” que deveriam se unir para evitar a eleição do inominável. Manja tudo esse Levitsky.