As editoras estão acusando a Amazon de dumping, que significa usar seu poder econômico para vender abaixo do preço de custo para ganhar o mercado e se tornar, ao final, uma monopolista.
Bem, no início de cada ano faço uma cotação entre as livrarias on line para comprar os livros indicados pelas escolas das crianças. A Amazon nem sempre oferece os melhores preços, e é com dor no coração que compro alguns livros em outras livrarias, pois sei que a entrega da Amazon seria muito mais rápida.
O que acontece é que a Amazon tem uma operação melhor, e repassa esse ganho de produtividade para os seus preços. A ameaça da Amazon é global, trata-se de uma tecnologia disruptiva muito bem implementada.
Essa lei do “preço único” me faz lembrar a “Lei da Equalização de Oportunidades”, ideia de um escritor frustrado no livro Atlas Schrugged, de Ayn Rand. Segundo essa lei, não mais do que 10 mil cópias de um único livro poderiam ser vendidas. Assim, supostamente, escritores menos populares teriam sua chance, pois os consumidores teriam que comprar seus livros se quisessem ler algo.
Claro, trata-se de uma caricatura, mas que ilustra bem o conceito: a proteção do incompetente em detrimento do consumidor final. Na “Lei do Preço Único”, o consumidor será obrigado a pagar mais caro pelos livros, a fim de sustentar os custos do setor. E isso em um país que precisa desesperadamente de mais leitores. Ideia genial.