Temer nomeou uma diretoria do BC decente, que nos entregou a menor inflação em 20 anos.
Um grande ano, que Temer joga no lixo ao assinar o tal do indulto natalino, diminuindo pena de bandido. E, desconfia-se, para beneficiar os condenados por crime do colarinho branco, vulgo corruptos.
Depois ficam procurando explicações para a popularidade do Bolsonaro.
Nesses últimos dias estava pensando em escrever um post sobre este assunto, mas não havia encontrado um modo de fazê-lo sem parecer que estava fazendo campanha para o Bolsonaro.
Eis que encontrei um sócio absolutamente insuspeito na minha percepção: Fernando Gabeira.
Gabeira diz muito melhor o que eu gostaria de dizer: há um fosso profundo entre as grandes discussões nacionais e aquilo que mais aflige o brasileiro hoje. O mundo político, a imprensa, os formadores de opinião, o empresariado discutem Lava-Jato, equilíbrio fiscal, regras eleitorais. O brasileiro da rua, no entanto, está realmente preocupado é com segurança pública. E o único candidato que tem discurso focado nesse assunto é Bolsonaro.
Mais do que o discurso mecânico que qualquer político tem sobre o assunto, com as mesmas plataformas de governo anunciadas há anos (“inteligência da polícia”, “policiamento de fronteiras”, “integração das polícias”, dá vontade de sair correndo sempre que ouço essas propostas “inovadoras”), Bolsonaro encarna a antítese do que Gabeira chama de “romantização do crime”.
O povo está cansado de políticos pusilânimes, que confundem pobreza com bandidagem. Enquanto a esquerda defende que “prender não resolve”, e a direita que não suja o shortinho fica discutindo equilíbrio fiscal, Bolsonaro surfa na onda da insegurança pública que, não nos enganemos, aflige mais os pobres do que os ricos.
Enquanto os políticos do chamado “Centro” não entenderem isso, Bolsonaro continuará sendo o único a empunhar essa bandeira. E ganhará a eleição.
Quando vi algumas cenas dessa “reportagem” hoje à tarde, sem som, deduzi que se tratava de mais um capítulo da militância descarada da Globo News em favor dos manos.
Bingo!
Este post trás dados bem interessantes. Vale a leitura!
Mais um relatório Infopen (relatório de informações sobre o sistema penitenciário) divulgado hoje pelo Ministério da Justiça.
Mais uma enxurrada de inverdades nos comentários das ONGs que fazem campanha pelo desencarceramento de criminosos (ou, como elas gostam de dizer, contra o “encarceramento em massa”); sempre, é claro, contando com os bons préstimos da militância ideológica de setores da mídia.
“O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo”, diz a apresentadora em tom de alarme.
O Brasil tem a quinta maior população do mundo; não é óbvio que tenhamos mais presos do que Portugal ou Bélgica (10 milhões de habitantes cada), por exemplo?
O único índice que faz sentido é o de número de presos por 100 mil habitantes; estamos abaixo da 30a. posição no ranking mundial.
Outra coisa espantosa em matéria de desinformação é apresentar um gráfico comparando número de presos no Brasil, EUA e Índia sem em momento algum mencionar que, nos EUA, são cometidos anualmente 5 homicídios por 100 mil habitantes; na Índia, são menos de 4. No Brasil são 30 – isso mesmo, TRINTA homicídios por 100 mil habitantes, num total que chegou a 61 mil mortos só em 2016, um índice considerado próprio de países em guerra. Isso para não falar do roubo de cargas, saidinhas de banco, roubo de automóveis etc.
Mas talvez o número de crimes cometidos em um determinado país não seja um dado relevante quando se discute o número de criminosos presos nesse mesmo país, não é verdade?
Seguindo firme na tarefa de desinformar o telespectador, o em geral bom repórter Marcelo Cosme, em momento de rara infelicidade, afirma que “fala-se muito em penas alternativas”, mas elas nunca são aplicadas…
As penas alternativas (multa, prestação de serviços à comunidade, etc.) já são aplicadas em mais de 90% dos procedimentos dos juizados especiais criminais; com relação aos presos, de acordo com o próprio Ministério da Justiça, 25% dos internos em nosso sistema carcerário foram presos por roubo (quase sempre à mão armada), 28% por tráfico de drogas (quase todos integrantes de facções criminosas violentíssimas), 10% por homicídio, 3% por latrocínio (roubo com morte), 13% por furto (quase todos reincidentes, pois no furto simples o réu primário tem direito à suspensão do processo), 3% por receptação, 2% por formação de quadrilha…
Quais desses exatamente o repórter acha que mereciam pena alternativa?
A desinformação prossegue com o fingido tom de alarme com que se anuncia que “40% são presos provisórios”, omitindo-se do telespectador que:
1) esse é o mesmo índice de países como Holanda e Itália (sabidamente ditaduras terceiro-mundistas…); na Bélgica o índice é ainda maior;
2) diferentemente de outros países do mundo, onde são classificados como “provisórios” apenas os réus que ainda aguardam julgamento, no Brasil a classificação é estendida para milhares de presos que JÁ foram julgados (e condenados) em primeira instância, mas cujas defesas recorreram da condenação, e portanto aguardam o julgamento do recurso (e depois, do recurso do recurso do recurso etc.).
Mas a medalha de ouro do dia vai para o dirigente de uma tal de “CONECTAS Direitos Humanos”, uma das várias ONGs que combatem o “encarceramento em massa” e defendem os direitos… dos manos. Perguntado pelo repórter se a solução para o problema da superlotação carcerária (problema que inegavelmente existe) seria a construção de novas penitenciárias, o cidadão (morador do país no qual em 92% dos homicídios o assassino não é sequer identificado, que dirá capturado) responde, do alto de sua sabedoria de “especialista”: “Não! A solução é prender MENOS!”
Ano que vem o relatório vai ser divulgado em 1º de abril?