A edição em português do El País, “apesar de ter uma grande audiência”, não atingiu seu equilíbrio financeiro.
Bem, das duas uma: ou os jornalistas do veículo ganhavam muito bem, ou a audiência não era assim tão grande.
Está um verdadeiro chororô nas redes lamentando o fechamento do jornal. Inclusive, gente reclamando que um jornal “progressista” não poderia demitir seus funcionários assim, de repente, ainda mais às vésperas do Natal. Seria uma incoerência com a sua, digamos, linha ideológica.
O fato é que nada resiste a um balanço deficitário, a não ser que o governo subsidie. Como sabemos, o único ente que pode ter déficit eterno é o governo, pois tem o poder de criar dinheiro ”do nada”. O resto precisa ter, no dizer do jornal, “sustentabilidade econômica”.
A “grande audiência” do jornal, pelo visto, não foi suficiente para manter a edição em português. Isso que dá depender da população da Vila Madalena e do Leblon, sabidamente bairros com baixa densidade populacional.