Zema é o único candidato do Novo com alguma chance em eleição majoritária.
Coincidentemente, Zema é o único candidato do Novo que não esconde sua preferência por Bolsonaro.
Coincidência.
Apenas um repositório de ideias aleatórias
Zema é o único candidato do Novo com alguma chance em eleição majoritária.
Coincidentemente, Zema é o único candidato do Novo que não esconde sua preferência por Bolsonaro.
Coincidência.
Estava agora assistindo a uma entrevista na Bloomberg. O assunto eram as eleições no Brasil.
A entrevistadora fazia perguntas a dois analistas, um brasileiro (dava para perceber pelo sotaque) e o outro gringo.
A certa altura, o brasileiro (que era o mais otimista sobre oportunidades de investimento no Brasil), citou o avanço do combate à corrupção como um ponto positivo, sendo que o símbolo seria o fato de termos um ex-presidente preso.
Quando o entrevistado citou o presidiário de Curitiba, a entrevistadora (a loira da foto) fez um sim com a cabeça que quase a fez cair da cadeira, daqueles que não deixam margem a qualquer dúvida. Como se não pudesse haver argumento mais forte para provar o sucesso no combate à corrupção.
Quando eu ouço de gente boa que “não havia provas” para condenar Lula, me pergunto se estivéssemos nos EUA, um presidente que ganha duas cozinhas Kitchen no valor de R$150 mil de uma empreiteira com interesses em obras públicas estaria solto por aí.
“Ah, mas não dá pra ligar uma coisa à outra”. Sério? Sério mesmo? Sérgio Moro se esforçou para fazer essa ligação em uma sentença de mais de 200 páginas. Os três desembargadores do TRF4 acham que ele teve sucesso na empreitada. Eu li e analisei a sentença nessa página. Se aquilo não era suficiente para condenar o molusco, então o crime de corrupção da alta administração da República é inimputável, por ser impossível de ser provado.
É óbvio que nos EUA Lula já estaria em cana comum. Por isso, o gringo (no caso, a gringa) concordou enfaticamente com a “prova” de que no Brasil se combate à corrupção.
O Brasil é devedor de Sérgio Moro pela única evidência que nos coloca entre os países civilizados do mundo.
Sem Bolsonaro, Amoêdo e Daciolo? Dormindo.
A Dilma tentou fazer exatamente a mesma coisa. Deu muito certo, como se viu.
Vamos Haddad, você é moderado, consegue pensar em algo melhor, tenho certeza.
Haddad acusa o PSDB de jogar o país nas mãos dos “fascistas” ao atacar o PT.
Só pra lembrar, em 2014 era Aécio Neves o fascista.
Todo mundo que não é petista, é fascista.
Já começo a achar que fascista é elogio.
A pesquisa DataFolha de hoje é importantíssima, pois confirma a tendência do Ibope de ontem: crescimento de Bolsonaro além da margem de erro e estagnação de Haddad.
Mas aconteceu outra coisa interessante. Naquela classificação mequetrefe de esquerda x direita que calculo, a direita abriu larga vantagem, como podemos ver nos dois gráficos abaixo. (Lembrando que “direita” é a soma de Bolsonaro, Alckmin, Amoêdo, Alvaro, Meirelles, Daciolo e Eymael, enquanto “esquerda” é a soma de Haddad, Ciro, Marina, Boulos, Vera e Goulart).
Este distanciamento da “direita” em relação à “esquerda” se deu no DataFolha porque Bolsonaro cresceu 4 pts, enquanto Haddad, Marina, Vera e Boulos perderam 1 pt cada. Já no Ibope, Bolsonaro também ganhou 4 pts, enquanto Marina perdeu 2pts, e Ciro e Boulos perderam 1pt cada.
Ou seja, aparentemente, os votos úteis óbvios para Bolsonaro (Amoêdo, Meirelles, Álvaro e uma parte de Alckmin) ainda não começaram a migrar para Bolsonaro).
Claro, é muito difícil tirar conclusões sobre migrações de votos, ainda mais quando se trata de 1 pt percentual para lá ou para cá em uma pesquisa com incerteza de 2pts percentuais. Pode ter acontecido que uma parte dos eleitores da esquerda migraram para os indecisos, e uma parte equivalente dos indecisos migraram para Bolsonaro. De qualquer forma, os eleitores óbvios para o voto útil aparentemente estão ainda em seus lugares.
Nesse quadro, de quantos votos Bolsonaro precisaria para ganhar no 1o turno?Considerando que o total de votos válidos da “direita” ex-Bolsonaro é de 20,9% no DataFolha e de 19,3% no Ibope, Bolsonaro precisaria receber 62% desses votos pelo DataFolha ou 66% desses votos pelo Ibope para chegar em 50,1% dos votos válidos. É uma tarefa difícil, mas longe de ser impossível.
Quem vai ganhar o campeonato eu não sei, mas acho que os rebaixados já estão definidos.
Há duas formas de encarar um resultado eleitoral: colocar a culpa no eleitor ou colocar a culpa no candidato.
O rapaz aí prefere colocar a culpa no eleitor.
Mário Covas, como bem lembrado por Alckmin, colocava a culpa no candidato.
Esse mesmo povo “ignorante” elegeu FHC duas vezes no 1o turno. Neste caso o povo deixou de ser ignorante? Houve alguma espécie de “lapso cognitivo”, em que o povo se tornou “inteligente” por alguns anos, para depois cair novamente na ignorância? Ou foi FHC que soube se colocar eleitoralmente?
É verdade que o país “não dá certo” pelo povo que tem. Mas mais verdade ainda é que o país “não dá certo” porque os representantes políticos que poderiam resolver os problemas do Brasil são tão incompetentes que sequer entendem quais são esses problemas do ponto de vista do eleitor.
“Que o PT quebrou o país para ganhar a eleição nós já sabíamos. A delação de Palocci revela que a trama criminosa para a perpetuação do partido no poder é muito pior do que se pensava. Eles não têm limites. É nosso dever trabalhar para impedir que voltem ao poder”.
Alckmin, no Twitter.
Vamos ver qual será o trabalho do PSDB no 2o turno para “impedir que voltem ao poder”.
Desconfio que fosse ele o candidato do PSDB, o resultado poderia ser diferente. Só desconfio.