Antonio Cláudio Mariz é um criminalista dos bons. É contratado a peso de ouro por acusados de corrupção, pois conhece todos os meandros do labirinto jurídico brasileiro. Mariz é firmemente contra a prisão após condenação em 2a instância. Ele defende o direito de corruptos de prolongar seus julgamentos ad eternum em liberdade.
Eliane Catanhêde resume bem a histeria que tomou conta dessa eleição. Não a conservadora, mas a dos jornalistas e intelectuais.
O artigo é todo ele uma ode ao autoritarismo. E o pior, a jornalista nem se dá conta disso!
Pelo raciocínio da jornalista, no qual é seguido por grande parte da elite bem-pensante brasileira, os evangélicos formariam uma espécie de gado no pasto, pronto a seguirem a orientação de seus pastores. Não teriam discernimento próprio, seriam massa de manobra.
Por que esse raciocínio tem viés autoritário? Porque parte do pressuposto de que é necessária uma autoridade que tome decisões em nome dos subordinados. Os votos na urna são mera formalidade, na medida em que Edir Macedo e os outros pastores já tomaram a sua decisão.
Eu sou firmemente democrata. Acredito no discernimento do povo. Tanto quando elegeu Dilma, quanto agora, quando, tudo indica, irá eleger Bolsonaro. Os pastores não lideram, estão a reboque do sentimento de seus comandados. Não fosse isso, Edir Macedo não teria apoiado Lula em seus dois mandatos.
No fundo, Eliane Catanhêde e seus colegas não admitem outro voto que não naqueles que representam “a luz”, “a verdade”, “o bem”. Luz, verdade e bem sob o critério deles, que fique bem entendido.
Essa histeria (para usar a mesma palavra) do WhatsApp vai na mesma linha. Mas isso fica para o próximo post.
Alguém realmente acredita que se existisse uma “tecnologia” que dependesse só de alguns poucos milhões de reais para influenciar a eleição, o PT já não estaria utilizando? Sério?
Descobri hoje que sou uma impossibilidade estatística.
Segundo reportagem da Folha, um grupo de empresários teria financiado uma operação gigantesca de envio de mensagens via WhatsApp. Seriam centenas de milhões de mensagens espalhadas por aí.
Então. Eu não recebi nenhuma dessas mensagens via robôs. Sempre recebi via amigos da minha lista de contatos. Dessas “centenas de milhões de mensagens”, nenhuma chegou a mim.
Final do primeiro jogo da decisão. O time venceu por 3 x 0 e agora vai decidir a taça em casa.
Coletiva de imprensa com o técnico.
– Já se considera campeão?
– Estamos com uma mão na taça. Dificilmente o adversário vai tirar essa diferença no próximo jogo.
Você nunca vai ouvir essa resposta. Mais provável que seja algo do tipo “a diferença é grande, mas o time adversário é forte e estamos concentrados para a final. Jogo se ganha no campo, não de véspera”.
Por que os técnicos falam isso, apesar de, de fato, o time estar com a mão na taça? Por dois motivos: para não desmobilizar os jogadores do seu time e para não encher de brios o time adversário.
Eleição não se ganha de véspera, se ganha na urna. Que o digam Dilma, Suplicy, Pimentel, Skaf e Romário.