A renovação do Congresso

Não Andreazza. A mensagem dos eleitores foi a de que essas velhas lideranças já não servem mais. E dá para entender, não é mesmo?

Não existe agrupamento humano sem líderes. Novas lideranças emergirão. Melhores? Piores? Diferentes. É isso o que o eleitor mostrou que quer.

Não consigo pensar em política mais rebaixada do que a que tivemos nos últimos anos. Que venha o novo.

Virada improvável

Levantamento da primeira pesquisa DataFolha do 2o turno nas eleições presidenciais passadas e os resultados finais:

1989

Pesquisa: Collor 55 x Lula 45

Resultado: Collor 53 x Lula 47

2002

Pesquisa: Lula 64 x Serra 36

Resultado: Lula 61 x Serra 39

2006

Pesquisa: Lula 54 x Alckmin 46

Resultado: Lula 61 x Alckmin 39

2010

Pesquisa: Dilma 54 x Serra 46

Resultado: Dilma 56 x Serra 44

2014

Pesquisa: Aécio 51 x Dilma 49

Resultado: Dilma 52 x Aécio 48

2018

Pesquisa: Bolsonaro 58 x 42 Haddad

A única virada em relação à primeira pesquisa ocorreu em 2014, mas a diferença entre a pesquisa e o resultado foi de apenas 3 pts.

A maior diferença entre a pesquisa e o resultado foi de 7 pts, em 2006, quando Lula abriu larga vantagem sobre Alckmin.

A diferença a ser tirada por Haddad é de 8 pts. Tudo é possível, mas é muito improvável.

Uma longa campanha

58 x 44.

A diferença de 16 pontos do 1o turno se manteve.

Em votos totais, Bolsonaro tem 49%. Portanto, praticamente todos os votos hoje indecisos e nulos precisariam vir para Haddad.

Mas será uma campanha longa. Essa diferença vai se estreitar.

Não há dúvida sobre em quem não votar

Major Olímpio apoia França.

Skaf apoia França.

Os interesses corporativos do funcionalismo público e da indústria se unem em torno do candidato do PSB, partido que declarou apoio ao PT nacionalmente.

Alguma dúvida em quem não votar?

Em tempo: Doria não é do PSDB. Doria tomou de assalto o PSDB. Doria é o PSDB que gostaríamos de ter desde o início.

Não é comigo

Bolsonaro fixou o tuíte abaixo em sua TL. Parece que acordou para o problema que uma parte de seus correligionários vem causando à sua campanha.

E chama a atenção para um fato: a fabricação de agressões. Não que estas não existam, muito pelo contrário, que o diga o cidadão baiano morto a facadas. Mas a indústria de fake news está longe de ser uma exclusividade dos bolsonaristas.

O PSDB já vai tarde

“Abriu diálogo oficialmente com o PSDB”

Tem um troço dentro do PSDB chamado Esquerda Para Valer, que reúne a espantosa cifra de 5 mil militantes. E isso porque é uma das vertentes mais antigas da sigla. Óbvio, declararam voto no PT “em nome da democracia”.

Claro que o jornal força a barra ao chamar isso de “diálogo com o PSDB”. Ou não.

No final da reportagem, ficamos sabemos que José Eduardo “Osmar Turbando” Cardoso estaria se aproximando dos caciques do partido (leia-se FHC), mas que estes querem um “reconhecimento dos erros” para emprestarem seu apoio.

O PSDB já vai tarde.