A bandeira do combate à criminalidade

Nesses últimos dias estava pensando em escrever um post sobre este assunto, mas não havia encontrado um modo de fazê-lo sem parecer que estava fazendo campanha para o Bolsonaro.

Eis que encontrei um sócio absolutamente insuspeito na minha percepção: Fernando Gabeira.

Gabeira diz muito melhor o que eu gostaria de dizer: há um fosso profundo entre as grandes discussões nacionais e aquilo que mais aflige o brasileiro hoje. O mundo político, a imprensa, os formadores de opinião, o empresariado discutem Lava-Jato, equilíbrio fiscal, regras eleitorais. O brasileiro da rua, no entanto, está realmente preocupado é com segurança pública. E o único candidato que tem discurso focado nesse assunto é Bolsonaro.

Mais do que o discurso mecânico que qualquer político tem sobre o assunto, com as mesmas plataformas de governo anunciadas há anos (“inteligência da polícia”, “policiamento de fronteiras”, “integração das polícias”, dá vontade de sair correndo sempre que ouço essas propostas “inovadoras”), Bolsonaro encarna a antítese do que Gabeira chama de “romantização do crime”.

O povo está cansado de políticos pusilânimes, que confundem pobreza com bandidagem. Enquanto a esquerda defende que “prender não resolve”, e a direita que não suja o shortinho fica discutindo equilíbrio fiscal, Bolsonaro surfa na onda da insegurança pública que, não nos enganemos, aflige mais os pobres do que os ricos.

Enquanto os políticos do chamado “Centro” não entenderem isso, Bolsonaro continuará sendo o único a empunhar essa bandeira. E ganhará a eleição.

Ouçam Fernando Gabeira

Aos amigos do mercado financeiro, que acham que a coisa não vai explodir porque “2018 está aí”, transcrevo um trecho de Fernando Gabeira, hoje, no Estadão:

“Os que esperam 2018 deveriam considerar apenas como ele será muito pior se nada for feito. Com que cara o Brasil chegará lá, dirigido por um governo corrupto, incompetente, politicamente nulo? […] Continuar com esse governo vai desintegrar o país.”

Sempre brilhante

“O governo elegeu-se com verba de corrupção, descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, manteve uma quadrilha na Petrobras. Enquanto estiver no poder, o relógio do recomeço está desligado. Não adianta tocar para a frente, como se não tivesse acontecido. Nem mantê-lo desligado até 2018. Não se para o tempo.”

O sempre brilhante Fernando Gabeira.