Vou correr o risco de atrair a ira dos bolsonaristas mais fanáticos com este post. Mas acreditem, é para o seu próprio bem.
Bolsonaro é um nada. Trata-se de um oportunista que soube surfar na onda, esta sim relevante, do anti-petismo.
Colocar Bolsonaro no mesmo patamar de Lula é um artifício que só interessa ao PT. Lula é o político brasileiro mais importante desde Getúlio Vargas. Raros políticos na história brasileira moldaram o país como Lula o fez nos últimos 30 anos. Bolsonaro não passa de um obscuro deputado do baixo clero que, repito, soube surfar a onda da insatisfação popular com tudo o que o lulopetismo representa.
Por que estou dizendo isso? Porque acho ridícula toda essa campanha sobre “democracia”, “ameaça às liberdades” e coisas semelhantes, que colocam Bolsonaro como o líder de um movimento consistente da política brasileira, o exato contraponto de Lula. No máximo, podemos dizer que Bolsonaro nos remete a acontecimentos de 50 anos atrás, por mera semelhança de discurso. E só. As circunstâncias são completamente outras, o mundo é completamente outro. A única força política que realmente molda a realidade atual chama-se lulopetismo.
Bolsonaro é um espantalho útil. Amedronta as almas mais sensíveis com histórias de bicho-papão, quando o verdadeiro bicho-papão, aquele que transformou a vida do brasileiro em um inferno de violência, desemprego, corrupção, aparelhamento do Estado, incompetência e arroubos autoritários chama-se lulopetismo.
Os principais representantes da esquerda não caíram nessa. Ciro foi viajar. FHC mandou o PT para o inferno. Marina demorou duas semanas para, mesmo assim, declarar seu “apoio crítico”. Pode até ser que Ciro e FHC declarem finalmente o seu “apoio crítico” ao petista nesta última semana da campanha. Se isso acontecer, será apenas protocolar, sem o real desejo de se engajar na campanha. Eles sabem com quem estão lidando.