Campanha vitoriosa

Miriam Leitão analisando o debate de ontem na Globo News, e dizendo que Boulos fez uma campanha vitoriosa dentro do objetivo que se propôs.

Não sabia que o objetivo do Boulos era chegar atrás do Cabo Daciolo.

Nomenklatura

Ainda a Globo News.

Um dos “analistas” pergunta, indignado: “onde estão os mecenas brasileiros? Tantos museus lá fora são sustentados por milionários. Aqui preferem mandar o dinheiro para paraísos fiscais”.

Quero saber quem é o louco que vai entregar dinheiro na mão dessa nomenklatura que dirige a UFRJ.

A Globo merece essa homenagem

Take ao vivo do Museu na Globo News.

“Manifestantes” se aproximam do cordão de isolamento formado pela Guarda Municipal. Mais cedo, tinham tentado invadir e foram dispersos com gás lacrimogêneo.

A repórter da Globo News descreve assim o momento: “vemos agora os manifestantes se aproximando para prestar sua homenagem ao Museu. Foi tudo combinado, trata-se de uma manifestação pacífica”.

Ao fundo, o coro bastante audível: “Globo golpista! Globo golpista!”

A Globo merece essa homenagem.

Um estilo difícil

Assisti ao monólogo de Paulo Guedes na Globo News.

Sim, porque aquilo não foi uma entrevista, foi um monólogo. Os jornalistas mal conseguiram fazer cinco perguntas em um programa de uma hora de duração. Guedes dava a volta pela China para chegar na Penha, mesmo em perguntas em que ele tinha boas respostas. Ou seja, não foi enrolação, trata-se de um estilo. O estilo de alguém que não ouve, o que é muito ruim para um administrador público, que precisa chegar a consensos.

Na iniciativa privada, o empresário tem uma visão, e seus empregados obedecem. É o consumidor que, no fim do dia, vai definir se o empresário está correto ou não.

Na administração pública é um pouco diferente. O político deve chegar a consensos. Guedes reconhece isso, ao afirmar que mira o céu para chegar a um meio-termo. Mas, a julgar pelo monólogo, será difícil a conversa.

As ideias do economista treinado em Chicago são já conhecidas. São todas muito boas. A sua postura, no entanto, me preocupou. Quando jornalistas tarimbados mal conseguem balbuciar uma questão, fico imaginando a conversa com gente sem muita paciência, a começar do próprio presidente.

Tudo isso é muito ridículo

Na Globo News, Cristiana Lobo nos conta que Manu D’Avila ficou uma pistola com os petistas. Motivo: parece que deram a ela a missão de representar a chapa somente em assuntos relacionados a gênero e juventude. Pudera, imaginou a Manu falando sobre economia? Aí é que a vaca petista não ia sair nunca do brejo.

Mas não é este o assunto. Logo depois dessa informação, a inefável âncora Leilane Neubarth começa o samba de uma nota só feminista: a candidata Manuela, por ser mulher, está sendo podada! E isso, em um partido de esquerda!!!

Não lhe ocorre que Manuela possa estar sendo podada pelas suas ideias. Não. O problema, em primeiro lugar, é o que vai entre as pernas. Só depois, vem o que a pessoa pensa. Se é que vem.

Leilane, como toda boa feminista, não entende que este tipo de raciocínio só serve para denegrir a mulher. O fato de ser mulher é mais importante, mais definidor, do que todo o resto. Não importam as virtudes, a genialidade, a personalidade, enfim, não importa tudo aquilo que define o ser humano. Importa, em primeiríssimo lugar, o gênero. Tudo o mais vai subordinado.

A cereja do bolo foi a constatação de que aquela “discriminação” estava sendo feita por um partido “de esquerda”. Claro, se fosse “de direita”, era o comportamento esperado. Mas da esquerda, se espera a virtude, o bom e o belo. Sempre. E discriminação não casa com nada disso.

Tudo isso é muito ridículo.

Trump sempre é o culpado

A reportagem está incorreta. Temer também condenou o ataque, ao vivo e em cores.

Enquanto os “analistas” da Globo News e as viúvas do Lula desancam Trump, os principais líderes mundiais se alinham com uma ação que visa intimidar um regime sanguinário e que só entende a linguagem da bala.

Macron, o queridinho da política mundial ao lado do fofo Trudeau, não apoiou a ação somente com palavras: mandou seus caças Rafale para bombardear também. Mas sabe como é: mais fácil demonizar Trump.

Só no Brasil

Cobertura da Globo News sobre a batalha campal provocada pela reação dos servidores municipais da educação ao novo desconto da previdência aprovado na CCJ de 14% a 19% (era 11%).

Depois da reportagem, o comentário de Chico Pinheiro fecha a matéria: “desconto de quase 20% de servidores que já ganham um salário tão baixo… só no Brasil”.

Só no Brasil o âncora de um dos principais telejornais do país faz um comentário energúmeno desses.