Infraestrutura

Era abril de 2013. Estava eu acompanhando uma comitiva de japoneses para reuniões em Brasília. Eles estavam muito animados com as perspectivas do Brasil, que iria sediar a Copa do Mundo no ano seguinte e as Olimpíadas em 2016.

Quiseram visitar o estádio Mané Garrincha, que iria ser o palco de abertura da Copa das Confederações dali a dois meses, justamente em um jogo entre Brasil e Japão.

Quando lá chegamos, o cenário era de desolação. A estrutura estava em pé, mas o entorno parecia um cenário de Mad Max. Uns poucos tratores ainda terraplenavam onde já deveria haver calçadas e rampas de acesso. Os japoneses perguntaram, perplexos, se o estádio ficaria pronto a tempo do jogo de abertura. Respondi: tranquilo, no Brasil as coisas ficam prontas dois meses depois do prazo, mas ficam prontas afinal.

Recordei desse episódio quando li a provocação do governador João Doria a respeito do teórico autódromo do Rio. Sim, o autódromo ficará pronto, à moda brasileira. Resta saber se o chefão da F1 vai realmente querer assumir o risco.

Um Itaquerão pra chamar de seu

Bolsonaro quer um Itaquerão pra chamar de seu.

Sim, sim, não haverá um real de recursos públicos no investimento de R$ 750 milhões (pra início de conversa) para construir o novo autódromo.

Era o que se prometia também com a construção do Itaquerão e dos outros estádios da Copa.