Assim como Alckmin, Marina esconjura o termo “imposto sindical”.
É a síndrome Voldemort. O nome do arqui-inimigo de Harry Potter não podia nem ser mencionado, como se sua não menção o fizesse não existir.
Ora, podem dar o nome que quiserem. Se os contribuintes forem obrigados a, direta ou indiretamente, financiar os sindicatos, isso será um imposto sindical, por mais que não receba esse nome. Querem enganar a quem?
Não se deixe enganar por malabarismos de palavras. Hoje a contribuição já é voluntária. Por isso os sindicatos estão fechando. Só faz sentido mudar a lei se for para tornar a contribuição obrigatória novamente.
Alckmin e belzebu, voto em belzebu. Pelo menos belzebu não fica posando por aí de defensor da livre iniciativa.
Alckmin, fique o senhor sabendo que o imposto sindical é cláusula pétrea do meu voto. O candidato pode estar pintado de ouro, se defender essa excrescência não terá o meu voto.
Acabo de receber o boleto para pagamento da Contribuição Sindical do Sescon. Ia jogar fora sem abrir o envelope mas a curiosidade foi maior.
E não é que valeu a pena? Como é que eu ia perder isso?
Depois de loas à existência do sindicato, vem a ameaça: “é importante esclarecer que, em virtude da insegurança jurídica trazida pela reforma trabalhista (!) e a possibilidade de retorno do caráter compulsório (!!) da contribuição sindical, inclusive com efeitos retroativos (!!!), o SESCON, no dia 21/11/17 realizou uma assembleia, meio transparente e soberano para ouvir seus representados (!!!!) e foi decidido, por unanimidade (!!!!!) pela autorização da continuidade da cobrança da contribuição para todos (!!!!!!!!!!!!!).
O curioso é que eu também realizei uma assembleia, no caso aqui em casa, e a decisão, também unânime, foi mandar o sindicato tomar caju.