Matando o mensageiro

Essa discussão é assaz interessante: seriam os jornais responsáveis pelo conteúdo de suas entrevistas?

O caso concreto, que deu ensejo ao atual julgamento no STF, refere-se a uma entrevista de 1995 no Diário de Pernambuco, em que o entrevistado acusa um parlamentar de um certo crime. Durante o processo na justiça, o entrevistado negou que tivesse feito tal acusação, e o jornal já não tinha a gravação da entrevista. A justiça condenou o jornal por calúnia, e o caso chegou ao STF.

A mim me parece óbvio que os jornais não deveriam responder por calúnia no caso de entrevistas. Afinal, são apenas os mensageiros. Como bem lembra o presidente da ANJ, Marcelo Rech, grandes momentos da política nacional, como o impeachment de Collor e o Mensalão, começaram com entrevistas bombásticas. Se os jornais estivessem sob a ameaça de serem processados, talvez as entrevistas com Pedro Collor e Roberto Jefferson jamais tivessem conhecido a luz do dia. No caso do Diário de Pernambuco, o entrevistado poderia ter entrado com um processo contra o jornal por ter “inventado” a entrevista logo depois de publicada, mas não o fez.

Mas gostaria de chegar a outro lugar. Essa discussão nos leva à responsabilidade das plataformas sobre o conteúdo publicado por terceiros, um debate que esquentou durante a tramitação do chamado PL das Fake News. Para quem não lembra, o PL estabelecia que as plataformas deveriam fazer um trabalho de curadoria sobre os conteúdos, retirando não somente os falsos, mas também os nocivos. Ora, se os jornais, que fazem um trabalho de edição do que publicam (afinal, essa é a definição de jornal), não podem ser responsabilizados pelas palavras de terceiros transcritas em suas páginas, quanto mais uma plataforma que, por definição, não faz edição.

O que a ANJ corretamente defende, a liberdade de informação, vale com mais razão para as plataformas. Que o produtor do conteúdo seja responsabilizado pelo que falou. O jornal e as plataformas são apenas o papel da carta.

A quadratura do círculo

Notinhas políticas de jornal com fontes indeterminadas são a forma de dar vestes institucionais à posição de um grupo específico. Nem vou perder meu tempo criticando o jornal que se presta a esse papel ridículo. A questão de fundo, no caso dessa notinha específica, é o seu objetivo: sugerir que certos atores, agindo dentro das leis do país, não têm o direito de se manifestarem.

Para “a Câmara” (leia-se os deputados do PT e seus satélites), e “ministros do STF” (já sabemos quem é), as Big Techs não deveriam ter voz no tal do Conselhão do Lula. Esse Conselhão, pelo seu tamanho e modus operandi, é de uma inutilidade atroz. Mas há que se conceder que Lula foi muito democrático ao escolher os nomes, contemplando tudo e quase todos (senti falta da Anitta) dentro do seu espectro ideológico. As Big Techs estão lá, provavelmente por serem atores sociais relevantes. Como diria Don Corleone, é melhor manter seus inimigos perto.

O que esses deputados e ministro do STF querem é cancelar as Big Techs do mundo dos vivos. Que coloquem suas cabeças na guilhotina, à espera da lâmina se não cumprirem sua missão de substituírem a polícia na detecção e combate ao crime, mas se mantenham caladas.

Tudo isso estaria sendo evitado se adotássemos a solução chinesa: bloqueio de toda e qualquer rede social ou serviço de mensageira no país, a não ser aqueles desenvolvidos por empresários locais, e que terceirizam ao Estado a tarefa de monitorar as redes. O Brasil (e, vale dizer, o mundo ocidental), está em busca de resolver a quadratura do círculo: como manter redes sociais em mãos privadas e, ao mesmo tempo, garantir o nível de surveillance chinês.

Obrigar que entidades privadas realizem aquilo que deveria ser de responsabilidade do Estado inviabiliza o seu modelo de negócios, e é isso o que as Big Techs estão tentando dizer. Ao impedi-las de dizer isso, o Estado brasileiro está limitando o debate democrático, no melhor estilo chinês.

Jornalismo miojo

Em tempos bicudos para a imprensa tradicional, jornalista, em média, ganha mal. Talvez por isso tenha surgido a pauta do preço do miojo. Afinal, jornalista também precisa comer, e trata-se de uma forma barata de manter a alimentação em dia. Pelo menos, tratava-se. Segundo a matéria, até o miojo está pela hora da morte.

A pauta até que é interessante, mas o resultado final não para minimamente em pé, e o leitor fica sem saber o que está, de fato, acontecendo.

Para começar, ficamos sabendo que o miojo saiu de R$ 0,90 para “quase” R$ 3,00 nas gôndolas. Isso dá um aumento de mais de 200%, e não os 25% apontados pelo IBGE. Nenhum esforço dos jornalistas para compatibilizar as duas informações.

Mas o pior é a busca pelas causas do aumento. Claro, vamos ouvir o pessoal da indústria. E o que a indústria diz? Basicamente que o dólar e o preço do trigo pós guerra na Ucrânia são os culpados. Bem, as duas informações não passam pelo filtro de uma checagem mínima. O dólar valia R$ 5,13 no final de fevereiro de 2022 e, no final de fevereiro de 2023 (período de 12 meses considerado pela reportagem), valia R$ 5,20. Uma quase estabilidade. Portanto, a variação do miojo nada tem a ver com o dólar.

E o trigo? Bata dar uma googlada (wheat price), e veremos que o preço do trigo caiu mais de 30% nos últimos 12 meses. De fato, houve um pico após o início da guerra, mas o preço vem recuando desde meados do ano passado (gráfico abaixo). Portanto, o problema não parece ser também o preço do trigo.

A farinha de trigo, de fato, subiu 28% nos últimos 12 meses segundo o IBGE. Nenhum dos dois motivos acima, de fácil checagem, parece explicar essa elevação de preços. O que teria que fazer o repórter? Confrontaria as suas fontes com essas informações para entender melhor o que está acontecendo. Mas, nos tempos atuais, reportagens parecem-se cada vez mais com miojo: um “me engana que eu gosto” de preparo rápido e barato. Uma pena.

A propaganda fraudulenta é a alma do negócio inexistente

Os governos petistas são imbatíveis em termos de propaganda. Fazem do limão uma limonada, é preciso reconhecer. Para isso, contam com a pronta ajuda da preguiçosa imprensa tupiniquim, sempre disposta a servir de assessoria de imprensa para o governo. Já vimos acontecer no caso da “ofensiva diplomática na Ucrânia”. Agora, trata-se da “reabertura da fábrica da Ford em Camaçari”.

Tudo começou com um tuíte do ministro do trabalho, Luís Marinho, sobre quem apostei que seria uma dos mais folclóricos da esplanada de Lula. Acho que vou ganhar a aposta. Seu tuíte diz o seguinte: “Governo @lulaoficial negocia a retomada da FORD na Bahia, com isto, reaquecendo importantes polos industriais do Nordeste”, seguido de um link para uma matéria da Veja. O tuíte teve respostas entusiasmadas, inclusive de um tuiteiro pedindo a volta da fabricação do Ka e do Ecosport.

A matéria da Veja, no entanto, fala de uma “negociação com chineses” para a compra da fábrica. Convenhamos, MUITO diferente de uma “retomada da FORD na Bahia”, como tuitado.

Alguns veículos de imprensa, no entanto, nem se deram ao trabalho de clicar no link.

O Antagonista, por exemplo, repercute a fala de Luiz Marinho: “O ministro do trabalho, Luiz Marinho, afirmou nas redes sociais que o governo Lula negocia a retomada das atividades da fábrica da Ford na Bahia”. Ilustrando a nota, um grande símbolo da Ford.

O UOL, idem: “Ministro diz que governo negocia retomada da fábrica da Ford na Bahia”. Há uma “errata” na matéria, que corrige a chamada, afirmando que se trata da montadora chinesa BYD, em negociação com o governo da Bahia.

Mas a coisa não para por aí. Na verdade, essa montadora chinesa, BYD, já estava em negociação com o governo da Bahia desde, pelo menos, outubro do ano passado, como atesta matéria de um site especializado em veículos elétricos, InsideEVs: “BYD prepara instalação de fábrica de carros elétricos e baterias na Bahia”.

Em novembro, matéria do Estadão confirma: “BYD, marca chinesa de veículos elétricos e baterias, vai produzir no Brasil”.

Ou seja, toda essa festa do ministro é notícia amanhecida.

Você acha que a coisa para por aí? Não!

Em janeiro de 2022, uma outra montadora chinesa de veículos elétricos, a GWM, anunciou a aquisição da planta da Mercedes na cidade paulista de Iracemápolis, segundo matéria do Poder360.

A Infomoney informa, agora em fevereiro, que a fábrica deve lançar o primeiro carro no mercado brasileiro, ainda importado, em março.

Pois bem. Matéria da TV Cultura informa que a GWM “chega” ao Brasil agora em fevereiro de 2023! E liga a notícia com a viagem de Lula à China!

Não foi preciso muito para que tuiteiros petistas repercutissem a matéria, como se a fábrica da GWM (que nem está produzindo nada ainda, vai começar a produzir só em 2024) fosse uma grande conquista do governo Lula.

Dei uma googlada para ver se alguém do governo Bolsonaro, ou o próprio, havia feito alguma festa com o anúncio da compra da fábrica da Mercedes pela GWM, em janeiro do ano passado. Não encontrei nada. Bolsonaro era bem ruim de marketing, como sabemos.

Então, ficamos assim: uma montadora chinesa que já havia comprado uma fábrica no Brasil no ano passado, e outra fábrica chinesa que já estava em tratativas com o governo da Bahia também no ano passado, ambas são conquistas do governo Lula. Assim é se assim lhe parece.

Preconceito do bem

Confesso que fiquei encasquetado com o termo “idosa” para qualificar a mulher de 67 anos presa pela quebradeira do último dia 8. Li no Estadão, fui checar no Globo e na Folha, e o termo está lá, nos três jornais.

O curioso é que, a mesma matéria do Estadão menciona a prisão de um homem de 66 anos, mas não o qualifica de “idoso”.

Os outros presos na operação da PF nem sequer tiveram suas idades mencionadas, de onde se conclui que a idade, nestes casos, não tem importância jornalística. E qual a importância jornalística da idade da mulher? E mais: qual o “catch” desejado ao qualificá-la de “idosa”?

Tudo o que vai escrito no jornal tem um propósito. Uma manchete “homem assalta loja e mata o dono” é diferente de “homem negro assalta loja e mata o dono”, que é diferente de “homem assalta loja e mata dono trans”. Tudo o que vai escrito pode ser absolutamente fiel aos fatos, mas o uso dessas palavras tem um interesse jornalístico, senão não estariam ali.

No caso em tela, é verdade que a mulher tem 67 anos. Já o termo “idosa” é vago, ainda que não fuja completamente à realidade. Hoje em dia, se uma pessoa morre com 67 anos de idade, provavelmente diremos que “morreu jovem”. “Idoso” é um termo muitas vezes considerado pejorativo, preferindo-se “maduro” ou “melhor idade”.

Alguém consegue imaginar, por exemplo, a seguinte manchete: “Idosa de 67 anos, Dilma Rousseff começa o seu segundo mandato”. Pois é, essa era a idade da presidenta em 2015. Uma manchete desse tipo seria considerada uma grosseria sem tamanho.

Mas voltemos à questão inicial: por que a unanimidade no uso do termo “idosa” para qualificar a mulher? Meu palpite: a ideia é transmitir uma mensagem jocosa, caricata. Para isso, nada melhor do que uma autêntica “tia do zap”, alguém que deveria estar fritando bolinhos de chuva para os netos, mas está fanatizada pelo zap, e saiu vandalizando tudo. Só faltava ser evangélica para o pacote ser perfeito: idosa evangélica quebra tudo em Brasília.

A explicação acima, no entanto, peca pela falta de lógica: por que, afinal, os jornais estariam se esforçando em tornar caricato o vandalismo de Brasília, se devemos, os brasileiros, acreditar que o País esteve à beira de um golpe de Estado? Quem vai realmente acreditar que a ameaça era séria, se à frente tínhamos uma ”idosa de 67 anos”? Ou bem a coisa era séria ou era caricata. As duas coisas ao mesmo tempo não dá.

Além de tudo, chamar a atenção para a condição de “idosa” da mulher poderia ser considerado uma manifestação de etarismo. No mundo woke em que nós vivemos, a mulher poderia sim acusar essa micro agressão. Mas, como sabemos, o preconceito tem dois lados, o do bem e o do mal. Esse é do bem.

A confiança nas mídias

A pesquisa CNT/MDA, além da corrida eleitoral, trás um levantamento interessante sobre a confiabilidade dos diversos meios de comunicação.

A pergunta foi a seguinte: “qual o seu grau de confiança nas informações via…” e então citava 5 meios diferentes: telejornais, portais de notícias (tipo UOL), jornais impressos, blogs de notícias e mensagens de aplicativos (tipo WhatsApp). A resposta poderia ser uma das seguintes: confia sempre / confia na maioria das vezes / confia poucas vezes / não confia / não usa o meio de comunicação.

Somei as respostas “não confia” com “confia pouco” de cada um dos meios, normalizando pelo número de pessoas que efetivamente usam aquele meio. Ou seja, dos que usam, quantos não confiam. O resultado vai no gráfico abaixo.

Três coisas me chamaram a atenção:

1) o grau de desconfiança generalizado em relação às informações divulgadas, seja qual for o meio. Os meios editoriais levam ligeira vantagem mas, mesmo assim, contam com a desconfiança de 2/3 dos seus usuários.

2) a vantagem, mesmo que seja na margem, dos meios editoriais sobre os não editoriais. “Sair no jornal” ainda funciona como um selo de qualidade da informação para uma parte da população. Essa parte não é grande, mas existe.

3) apenas 1/4 dos leitores de mensagem de WhatsApp confiam naquilo que recebem.

Acho que os ministros do TSE fariam bem em observar essa pesquisa, para deixarem de tratar o brasileiro como menor de idade que precisa ser tutelado, senão engole qualquer coisa que lhe mandam. Talvez deixassem de perder tempo com teorias conspiratórias.

De como as notícias e as salsichas são feitas

Você não comeria salsichas se soubesse como são feitas. Esse velho ditado serve também para as notícias, principalmente políticas. A de hoje é um típico exemplo: o “Planalto” vê com preocupação uma eventual candidatura do governador Eduardo Leite. No entanto, a notícia correta é: o Planalto torce por uma candidatura Eduardo Leite.

Em primeiro lugar, foi o “Planalto” quem plantou essa “notícia”. Não houve um esforço de apuração que desvendou uma notícia que o “Planalto” gostaria de ver oculta. Não. Ocorreu o inverso: alguém próximo de Bolsonaro deve ter soprado no ouvido do repórter a história. Daí, foi só ouvir também os “aliados de Leite”, e o balão de ensaio está aí, pronto para subir.

O interesse do “Planalto” no assunto é óbvio: quanto mais fragmentada estiver a chamada “terceira via”, menor a chance de Lula e Bolsonaro não disputarem o segundo turno. Uma candidatura Leite teria mais chance de roubar votos de Lula, de Bolsonaro ou de um outro candidato? I rest my case.

Nessa linha, o “Planalto” deve estar comemorando a movimentação do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa. Tal qual um Huck de toga, Barbosa aparece de 4 em 4 anos como um nome com “bom potencial de votos”. Daqui a pouco, aparece uma notícia dando conta que o “Planalto” está também “preocupado” com essa candidatura.

Basta ter lábia

Em um aspecto a imprensa tradicional leva vantagem sobre as mídias sociais: a edição. Para conseguir lugar no limitado espaço de uma edição de jornal, é preciso que a notícia ou reportagem passe pelo crivo de um editor. Qualquer Zé Mané pode escrever o que quiser nas redes sociais. Já em um jornal, um editor precisa ser convencido de que aquilo vale a pena ser publicado.

Daí que fico me perguntando o que convenceu o editor do Estadão a publicar uma entrevista de um tal Gerd Leonhard, “pensador digital”, “futurólogo” e “palestrante”.

Depois de ler que o futurólogo prevê que teremos “energia de graça” daqui a 30 anos (Einstein deve estar se revirando no túmulo), fui atrás do currículo do futurólogo.

Mr. Gerd era músico e escreveu um único livro, em 2005, chamado The Future of Music. Parece que foi um best seller. Neste livro, ao que parece, Mr. Gerd mostra a sua visão de como a música seria consumida não mais em mídias físicas, mas a partir da nuvem. Com base nessa visão, ele funda uma empresa, a Sonific, mas não tem muito sucesso: a Sonific encerra suas operações em maio de 2008, coincidentemente o mesmo ano de fundação do Spotify, essa sim, uma empresa disruptiva neste mesmo campo.

Mas Mr. Gerd não se deixa abater. Com base nesse track record, ele aproveita seu dom de “prever o futuro” para vender palestras. E é isso que Mr. Gerd faz hoje, pelo visto com muito sucesso.

Apesar de previsões, de modo geral, otimistas, a coisa para o Brasil vai ser mais difícil. Precisaremos da ajuda dos países ricos para lidar com a pobreza e as mudanças climáticas. Ainda bem que o Estadão nos permitiu acesso a tão útil conhecimento. E se você acha que este post foi uma perda de tempo, imagine só o que deve achar o leitor do Estadão, que paga para alguém escolher notícias relevantes.

A normalização de uma candidatura

Foram mais de duas horas de entrevista. No entanto, os jornalistas da Reuters não tiveram tempo para tocar em assuntos embaraçosos, como mensalão e petrolão. A única menção à palavra “corrupção” foi oferecida pelo próprio entrevistado, em uma pergunta sobre “alianças”.

A “entrevista”, reproduzida pelo UOL, funcionou mais como um release de assessoria de imprensa. A única questão “incômoda” foi relativa ao apoio a Daniel Ortega. Convenhamos, um assunto quase etéreo para grande parte do eleitorado.

E assim, a normalização de uma candidatura que não existiria em qualquer país sério continua firme e forte.

Apesar da grande audiência

A edição em português do El País, “apesar de ter uma grande audiência”, não atingiu seu equilíbrio financeiro.

Bem, das duas uma: ou os jornalistas do veículo ganhavam muito bem, ou a audiência não era assim tão grande.

Está um verdadeiro chororô nas redes lamentando o fechamento do jornal. Inclusive, gente reclamando que um jornal “progressista” não poderia demitir seus funcionários assim, de repente, ainda mais às vésperas do Natal. Seria uma incoerência com a sua, digamos, linha ideológica.

O fato é que nada resiste a um balanço deficitário, a não ser que o governo subsidie. Como sabemos, o único ente que pode ter déficit eterno é o governo, pois tem o poder de criar dinheiro ”do nada”. O resto precisa ter, no dizer do jornal, “sustentabilidade econômica”.

A “grande audiência” do jornal, pelo visto, não foi suficiente para manter a edição em português. Isso que dá depender da população da Vila Madalena e do Leblon, sabidamente bairros com baixa densidade populacional.