Apoio à democracia cresce no Brasil

Oh! Surpresa das surpresas! Cresceu o apoio do brasileiro ao sistema democrático depois da eleição de Bolsonaro!

Quem lê as “análises” dos “especialistas” chegará à conclusão de que estamos à beira da implantação de um regime totalitário. Mas, vejam só: com Bolsonaro, cresceu o apoio popular à democracia. Como se explica? Simples.

As pessoas, de maneira geral, querem resolver os seus problemas. O regime politico que tornará isso possível pouco importa. Na medida em que as condições de vida pioraram e um esquema gigantesco de corrupção veio à tona, o sentimento geral foi de impotência, diante de uma máquina que tinha como único objetivo alimentar-se a si mesma. Neste contexto, a eleição de Bolsonaro foi vista por uma parcela da população como uma solução possível (um outsider) proporcionada pelo sistema democrático. Assim, a democracia demonstrou que pode encontrar solução para os problemas do povo, sem precisar lançar mão de alternativas autoritárias. Portanto, ganhou apoio.

Bolsonaro tem, portanto, uma grande responsabilidade: continuar demonstrando que a democracia é o pior sistema de governo, com exceção de todos os outros, como disse Churchill. Estará à altura do desafio? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Nota curiosa: a mesma pesquisa mede a credibilidade das instituições. O Facebook aparece como a segunda instituição menos confiável, só perdendo para os partidos políticos. Nada menos que 81% dos pesquisados dizem não confiar na rede social. Esse número é de 56% quando se trata dos meios de comunicação como um todo. Ou seja, por mais que se queira dizer que o futuro está nas redes sociais, a credibilidade da imprensa editorial ainda não encontrou substituta. As pessoas sabem que o papel (no caso, o computador) aceita tudo, e que comparar rede social com jornal é o mesmo que comparar Wikipédia com a Enciclopédia Britânica. Por isso, a responsabilidade da grande imprensa na sustentação da democracia também é imensa.

O valor da imprensa em uma democracia

Ontem, fiz uma defesa apaixonada da liberdade que a imprensa deve ter em qualquer democracia. Recebi muitas contestações, a maioria muito educada, outras nem tanto. Rebati várias, mas uma em especial me pegou.

Refiro-me à abordagem que a Globo adotou na reportagem sobre o presidente. Na minha cabeça, a matéria cumpria todos os requisitos do bom jornalismo: noticiou um fato (o depoimento do porteiro), checou possíveis contradições e deu voz “ao outro lado”, no caso o advogado do presidente e o próprio presidente. Escapou-me, na avaliação, que o simples fato de associar o nome do presidente a um assassinato rumoroso é deletério para qualquer reputação, independentemente da “forma” correta. Faltou, na minha avaliação, colocar o aspecto de “percepção”.

Esse tipo de avaliação deveria ter sido feita pela Globo. Trata-se de uma associação muito grave e, por mais que a “forma” de apresentar possa ter sido correta, no mínimo a ênfase foi equivocada: o problema estava no falso testemunho do porteiro, não na alegação que fez. A “contradição” foi mostrada como um complemento da notícia, quando na verdade deveria ser a própria notícia principal. Afinal, por que o porteiro quis envolver o nome do presidente nesse assunto?

A bem dizer, dada a fragilidade da coisa toda, talvez a melhor coisa que a Globo poderia ter feito era investigar mais um pouco antes de colocar a coisa no ar.

Claro que todo o raciocínio acima tem como pressuposto o papel da imprensa em uma democracia. É sobre isso o texto a seguir, que roubei da timeline do amigo Thiago Nogueira. Gostei, por que é um texto que descreve muito bem o que é uma democracia e o papel da imprensa neste regime. Por mais que a Globo tenha errado, ou mesmo se agiu de má-fé, continua sendo melhor ter a Globo (ou qualquer outro veículo jornalístico) do que não tê-la.

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O Poder e a Liberdade de Imprensa
Fernando Schüler

Segundo o Ministério Público, o porteiro mentiu. É isso. Mesmo antes do MP se manifestar, muita gente já “sabia” que era mentira. Uma outra turma, mesmo depois, continua “sabendo” que é tudo verdade. A verdade líquida, na era digital, tem dessas coisas.

De qualquer forma, tenho uma intuição. Se tudo se mostrar de fato um balão furado, Bolsonaro sairá disso com um bônus retórico semelhante ao que ganhou após o atentado que sofreu, antes das eleições.

Mas há um tema complicado aí, que diz respeito às relações do poder com a liberdade de imprensa. É aí que Bolsonaro insiste em um erro. Não um erro em sua estratégia política, mas para nossa democracia. De um tipo que tem uma longa história.

Todos se lembram de Leonel Brizola e sua infatigável disputa com a Rede Globo. Segundo Brizola, concessões de TV eram como linhas de ônibus, “não pode transportar uns e não transportar outros”. O problema, por óbvio, era explicar o que isso significava exatamente.

Mesmo que o princípio abstrato do “transportar a todos” seja correto, sua aplicação será dada pela própria imprensa. Cada veículo definirá quando e de que jeito cada um entra em cena. É injusto? Talvez.

Justo seria um mundo onde uma equidistante inteligência distribuísse a verdade, para todos, ou desse espaços iguais a cada inverdade? Lamento. Esta superinteligência não existe, e todas as vezes que alguém tentou fantasiar algo nessa linha foi um desastre.

No início de seu mandato, Lula protagonizou um episódio dantesco, tentando expulsar do país o então correspondente do The New York Times no Brasil, Larry Rohter. Foi um episódio isolado, mas revelador.

Todos se lembram, ainda há exatos três anos, do repórter Caco Barcellos sendo agredido no centro do Rio de Janeiro, aos gritos de “abaixo a Rede Globo”. Os donos da verdade, à época, eram outros.

Outros presidentes, incluindo-se aí Sarney, Fernando Henrique, Dilma e Temer, tiveram posturas de um modo geral republicanas com a imprensa. Diante da quase obsessão de setores da esquerda em “regular a mídia”, Dilma cravou a frase que deveria ser exposta permanentemente no Palácio do Planalto: “Sobre a mídia, só o controle remoto”.

São exemplos importantes por uma simples razão: é disso que é feita a democracia. O argumento em favor da liberdade de expressão é há muito conhecido. Um de seus heróis foi John Stuart Mill, dizendo o óbvio: que a única razão para permitir que apenas ideias verdadeiras fossem veiculadas seria uma extrema confiança na infalibilidade humana.

Tudo isso é sabido, ainda que frequentemente esquecido por quem detém o poder. Recentemente tivemos um exemplo disso, vindo de nossa Suprema Corte. No episódio de interdição da revista Crusoé, o presidente da corte nos brindou como uma frase lapidar: “Se você publica uma matéria chamando alguém de criminoso (…) e isso é uma inverdade, tem que ser tirado do ar. Ponto. Simples assim”.

Na verdade, é bem complicado. Ninguém tem, na democracia, o dom de revelar a verdade. Ela surge, a mais das vezes, do contraditório, da fratura, do cotejo dos fatos. A condição para o acerto, no mundo da informação, é precisamente a possibilidade do erro.

É claro que se deseja que as pessoas ajam com responsabilidade (por muito tempo se discutirá se a Globo agiu com responsabilidade, neste episódio, e imagino que a própria emissora fará esta avaliação). É evidente que a imprensa pode ser criticada, inclusive por quem ocupa posições de poder. A imprensa está longe de ser uma “instituição” que observa a sociedade de fora.

As democracias vêm assistindo, em nossa época, a um processo agudo de polarização, e boa parte da imprensa terminou igualmente polarizada. Isto é um erro, sinal de mau jornalismo, na minha visão, mas é a expressão de um direito. O parcialismo da imprensa profissional fará apenas com que ela perca mais e mais espaço e credibilidade em meio ao caos informacional de nossa época. Mas quem deve julgar isso são os leitores, os ouvintes, os cidadãos. Não o poder.

É exatamente nisso que consiste o erro do presidente Bolsonaro. Ele tem o direito de criticar este ou aquele veículo de mídia, e eventualmente extravasar a sua indignação.

Mas não pode, sob nenhuma hipótese, lançar mão de instrumentos de poder que a República lhe confere para arbitrar ou interferir nesta ou aquela opinião, neste ou naquele jornalista ou veículo de mídia. E não pode por uma singela razão: ele lida com poderes dos quais é um guardião, mas que não lhe pertencem.

Porque somos uma república, afinal de contas.

Como funciona a imprensa

“Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.

Para mim, essa frase de Millôr Fernandes é a melhor síntese do papel da imprensa em uma sociedade democrática.

Muitos dos comentários ao meu post sobre a Globo referem-se a uma espécie de “dois pesos e duas medidas” no tratamento que a emissora estaria dando ao caso do porteiro do condomínio. Afinal, por que o foco em Bolsonaro? Onde está o noticiário sobre o depoimento de Marcos Valério incriminando Lula no caso Celso Daniel? Onde está a repercussão da delação de Pallocci? Isso demonstraria a má vontade da emissora com o governo.

Então. É necessário compreender como funciona a editoria de um jornal. São inúmeras as notícias que chegam diariamente, e há uma seleção daquilo que será noticiado, e com qual ênfase. Qual o critério?

O critério é a notícia. E, de preferência, a notícia que vende jornal. A experiência diz que notícias que se referem a quem está exercendo o poder naquele momento são mais relevantes e, portanto, vendem mais jornal. Simples assim.

O PT está fora do poder há mais de 3 anos. Por mais que seja ainda um partido importante, suas ações têm, hoje, muito menos relevância do que tinham há 3 anos. Eles não decidem mais nada. Quem tem a caneta bic, hoje, é Jair Bolsonaro.

Essa discussão me lembra quando os petistas reclamavam que a Globo só focava no PT e deixava as falcatruas do PSDB em 2o plano. “E o mensalão mineiro? E o Aécio?”, gritavam. O PSDB já estava fora do poder há 3 anos quando se deu o mensalão e há 12 anos quando o Petrolão veio à tona. Era irrelevante o que fazia ou deixava de fazer o PSDB. O PT era o poder, o foco era no partido que exercia o poder.

A imprensa não tem a obrigação de “balancear ideologias”. Tantos minutos dedicados à direita, tantos minutos dedicados à esquerda. A cobertura não é justa nesse sentido. O critério da cobertura se dá pela relevância da notícia. E notícias são mais relevantes quanto mais se aproximam do poder. É assim em qualquer democracia.

Ataque à imprensa

Parece mais do que óbvio o interesse jornalístico sobre um áudio incriminando potencialmente o presidente da República. Qualquer veículo não chapa-branca daria notícia sobre isso. Bolsonaro ataca a TV Globo por simplesmente cumprir o seu papel.

Não posso ser acusado de comprar qualquer narrativa jornalística. Devem ser contados às dezenas os posts em que critico acidamente coberturas jornalísticas, principalmente da Globo News. Normalmente, referem-se a vieses ideológicos.

Mas criticar a Globo por cumprir o que se espera de um veículo de imprensa em uma democracia não está entre meus hobbies. Quando a Globo News deu em primeira mão o áudio do Bessias, ou quando o Jornal Nacional fez uma cobertura incisiva sobre o Petrolão, ficamos todos muito contentes. Não nos ocorria chamar a Globo de “Globolixo”, apelido dado pelos petistas. Watergate, Mônica Lewinsky, Mensalão, Petrolão, e uma longa lista de etceteras, nada disso teria vindo à tona não fosse a imprensa não chapa-branca.

Estou lendo neste momento uma biografia de Roberto Marinho. Estou na altura do governo João Goulart, e descobri as origens do ódio mortal que Brizola nutria pelo jornalista, em função da cobertura que o jornal fazia do governo de seu cunhado. Nenhum governante gosta da imprensa. FHC era só lamúrias em seus diários, Lula expulsou o correspondente do NY Times. A imprensa é o quarto poder em uma democracia, e nenhum governante gosta de um poder paralelo. Cuba e Coreia do Norte são países onde os governantes são apoiados incondicionalmente pela “imprensa”. Acho que não gostamos muito desses exemplos.

Não sou advogado da Globo, nem eles precisam disso. A única coisa que defendo com convicção é o papel de uma imprensa não chapa-branca em uma democracia. Bolsonaro, ao atacar a Globo por veicular matéria jornalística, ataca um dos pilares da democracia. Não foi o primeiro nem será o último governante a fazer isso.

Ultradireita

“Extrema-direita” já não é suficiente para adjetivar um partido de direita. À direita da extrema-direita temos a “ultradireita”.

Na medida em que o espectro político vai caminhando mais para a direita, os jornalistas vão precisar de outros prefixos. Vão aqui algumas sugestões:

Megadireita
Hiperdireita
Gigadireita
Arquidireita
Ultramegablasterdireita

Não custa lembrar que o termo “extrema-esquerda” é usado somente para grupos terroristas. Partidos políticos que jogam o jogo político democrático são de “centro-esquerda” ou simplesmente “esquerda”. PSOL, PSTU, PCdoB, são todos partidos de “esquerda”, nunca “extrema-esquerda”. “Ultraesquerda”, então, nem pensar.

As ideias dominam o mundo. A linguagem molda as ideias.

Mídia e popularidade

Pesquisa da XP mostra mais uma queda na popularidade de Bolsonaro. Pela primeira vez, os que avaliam o governo de forma negativa (ruim e péssimo) ultrapassaram os que avaliam o governo de forma positiva (bom e ótimo). Para se ter uma ideia, esse nível de aprovação é o mesmo do governo Dilma após os protestos de junho de 2013 e o de Lula no auge do mensalão. A diferença é que estamos com menos de 5 meses de mandato e não aconteceu nada. Absolutamente nada.

A primeira reação é desqualificar a pesquisa. Afinal, a mídia está interessada em que este governo fracasse, e manipula essas pesquisas para mostrar o resultado desejado. No entanto, no caso, trata-se de uma pesquisa patrocinada pela XP, que não tem interesse em minar o governo, muito pelo contrário: o sucesso de seu negócio será tanto maior quanto mais o governo tiver sucesso em sua agenda.

A segunda reação possível também tem relação com a mídia. Afinal, com o bombardeio que a mídia tradicional vem fazendo, por ter perdido as verbas publicitárias do governo, não há popularidade que resista. O que dizer?

Em primeiro lugar, e menos importante, é o tal “corte de verbas para a mídia tradicional” que teria sido feita pelo governo. Trata-se de uma falácia. Em primeiro lugar, porque em qualquer lista dos principais anunciantes do país, somente a Caixa aparece de vez em quando. Então, qualquer corte de verbas não seria suficiente para “quebrar” uma Globo, por exemplo. Em segundo lugar, temos o discurso de cortes por parte do governo, mas números mesmo, ainda não vi. O que vi sim foi o bafafá em torno do anúncio do BB, que foi veiculado normalmente na mídia tradicional. Então, aparentemente está tudo normal.

Mas esse ponto da publicidade estatal é secundário. A falácia do argumento está na hipótese de que a mídia teria a capacidade de mudar a cabeça do brasileiro. Seríamos como que teleguiados da mídia. Achamos uma coisa, mas o editor do jornal acha outra, e nos convence a mudar de opinião.

Por que trata-se de uma falácia? Porque, por essa linha, teríamos que aceitar que o governo do PT não fez nada de errado, e fomos todos nós manipulados pela mídia para pensar mal do PT. Os petistas se referem à Globo como Globolixo até hoje, porque defendem essa tese. O que achamos?

Por trás dessa tese, está mal disfarçada uma hipótese de superioridade intelectual: a mídia faz a cabeça das mentes mais fracas, mas eu não me deixo enganar, sou mais esperto. Ok, assim é se assim lhe parece.

Veja, não estou negando que a mídia tenha uma agenda própria. Por exemplo, a Globo e toda a mídia tradicional está em campanha descarada pela reforma da previdência, o principal ponto da agenda econômica do governo. O meu ponto é outro.

As pessoas não são folhas em branco, onde a mídia escreve o que quer a seu bel prazer. As pessoas têm ideias e pensam certas coisas e procuram a mídia para confirmar suas ideias, rechaçando aquilo que não lhes agrada. É o que chamamos em finanças comportamentais de “viés de confirmação”. Em relação às “opiniões fortes” que as pessoas têm, a mídia não consegue influenciar, por mais que tente.

Mas existe uma zona cinzenta, onde as pessoas não têm ideias fortes, e onde as notícias podem sim influenciar opiniões. Vou dar um exemplo recente. O ministro da educação afirmou que iria cortar verbas das faculdades que fazem “balbúrdia” e o presidente chamou os estudantes que foram protestar de “ignorantes úteis”. Esses dois são fatos incontestáveis, a mídia não inventou, apenas noticiou. Quem não gosta do governo a princípio achou um absurdo, e quem é fechado com o governo vibrou com essas afirmações. Mas deixando de lado as torcidas organizadas, temos um pessoal no meio, que avalia o governo como regular, e que provavelmente se deixou influenciar por essas falas reverberadas de forma negativa pela mídia tradicional. Esse pessoal do meio não concorda nem discorda dessas falas, apenas pode ter ficado com a impressão de um governo que perde tempo com picuinhas ao invés de trabalhar. Provavelmente, essas falas ajudaram alguns que avaliavam o governo como “regular” a migrar para “ruim”.

Obviamente, a influência da mídia não é zero. Há sim alguma influência, principalmente sobre aquela parte das pessoas que não têm uma ideia firme formada sobre determinados assuntos. Mas é preciso não exagerar essa influência, a ponto de torná-la decisiva para a queda de popularidade de Bolsonaro. É necessário analisar o que está acontecendo. Varrer a coisa para debaixo do tapete da mídia não vai resolver os problemas. Na verdade, vai piorá-los. Foi o que tentaram fazer os petistas, quando a popularidade de Dilma despencou. Espero sinceramente que Bolsonaro não caia nessa armadilha.

O mito da perda de audiência

Alguns mitos andam por aí como almas penadas.

Um deles diz que a “velha mídia” perdeu muita audiência depois do fenômeno Bolsonaro. As pessoas teriam caído na real sobre como as notícias são manipuladas (“fake news”) e estariam trocando a “velha mídia” pelas “redes sociais”.

Seria verdade se fosse verdade.

Segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação), o número de assinantes da Folha cresceu 2,73%, do Estadão 18,73% e do Globo 22,42%, de 2017 para 2018. Isso inclui assinaturas em papel (que caíram) com as digitais (que subiram muito). Já a Veja, essa sim, teve retração de 24% na circulação. Mas aí parece que tem a ver com concorrência: no mesmo período, a Época (que, na minha opinião, consegue ser pior que a Veja no quesito “esquerdismo”) teve crescimento de 84%. Em números, significa que a Veja perdeu cerca de 300 mil assinantes, enquanto a Época ganhou cerca de 225 mil assinantes. Ou seja, uma perda líquida de 75 mil assinantes, o que significa, para o conjunto das duas revistas, uma queda de 4,9%, o que não parece ser nenhum desastre.

Ver aqui: https://www.meioemensagem.com.br/…/circulacao-digital…

e aqui: https://www.meioemensagem.com.br/…/revistas-semanais…

E antes que coloquem em dúvida a seriedade do IVC, é com base em sua auditoria que os veículos cobram por seus anúncios. Portanto, é coisa séria, com dinheiro não se brinca.

Também acho a imprensa, de maneira geral, de um nível muito fraco, quando não tendenciosa, principalmente quando se trata da agenda de costumes. Se procurarem, certamente verão vários posts aqui criticando a cobertura da mídia em vários aspectos. Mas é preciso criticar com base em fatos, não em mitos. E a perda de audiência, pelo menos nesses casos levantados, é mito.

A boa imprensa

Esta manchete me fez lembrar que Cuba é o único país do mundo onde a imprensa é 100% “amiga” do governo. Ok, Coreia do Norte também, e Venezuela está se juntando ao grupo.

Lá não tem “fake news”, tudo o que o governo faz é retratado de maneira fidedigna, para que o povo fique “bem informado”.

A julgar pelo que os petistas diziam na época dos governos do PT e pelo que dizem hoje os bolsonaristas, imprensa boa é o Granma.