Não há dúvida sobre em quem não votar

Major Olímpio apoia França.

Skaf apoia França.

Os interesses corporativos do funcionalismo público e da indústria se unem em torno do candidato do PSB, partido que declarou apoio ao PT nacionalmente.

Alguma dúvida em quem não votar?

Em tempo: Doria não é do PSDB. Doria tomou de assalto o PSDB. Doria é o PSDB que gostaríamos de ter desde o início.

Saldão do 1o dia de campanha no 2o turno

Saldão do 1o dia de campanha no 2o turno:

– Haddad foi a Curitiba, receber novas orientações de seu chefe. Levou uma bronca, porque é claro que não deveria estar ali, aquilo seria visto como um radicalismo, como ele não sabia disso? Foi dispensado de novas visitas, e orientado a “amaciar” alguns pontos do seu Programa de Governo, como uma nova constituinte. Haddad, que estava pouco à vontade em seu figurino radical, vai poder finalmente despir a fantasia e assumir toda a moderação que Deus lhe deu. (Deus não, que ele é ateu. Lula.)

– FHC declarou sua neutralidade. Nada que resista ao Haddad “social-democrata” que se apresentou na entrevista ao JN.

– Bolsonaro recebeu apoios políticos: Ana Amélia, tentando reconstruir suas pontes com o PP do RS, Amazonino Mendes e João Doria, procurando surfar na popularidade do ex-capitão no 2o turno de seus respectivos estados. O caso de Amazonino Mendes é interessante: é do PDT, mesmo partido de Ciro, e no Amazonas a disputa foi muito igual entre Bolsonaro e Haddad. Ou seja, não teria motivo para não apoiar Haddad. No caso de Doria, o amor não foi correspondido: Bolsonaro disse que será neutro na disputa paulista.

– Haddad também recebeu apoio político. De Boulos. […] Não, Haddad ainda não recebeu apoio político.

– Bolsonaro mesmo não fez nada, a não ser a entrevista no JN. Deu um puxão de orelhas ao vivo e em cores no General Mourão por suas declarações desastradas. Só faltou dizer: “Mourão, aprende com a Manu D’Ávila, fica calado no canto aí”.

– Um capoeirista petista foi morto por um maluco bolsonarista. Foi facada. Haddad, provavelmente, já deve estar pensando em um estatuto do desarmamento envolvendo armas brancas.

Previsão

Na véspera das eleições de 2016 para a prefeitura de São Paulo, João Dória tinha 44% dos votos válidos pelo DataFolha e 35% dos votos válidos pelo Ibope.

Terminou o 1o turno com 53% dos votos válidos.

Vai ser difícil

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Alckmin tinha 3 caminhos a escolher nessa campanha, em ordem de eficácia em minha opinião: o confronto com o PT, a ideia de eficiência administrativa e a ideia de conciliação.

A ideia de eficiência pode ser combinada com a primeira e a terceira, mas não ser o eixo central da campanha, pois não empolga, não move as pessoas. Restam o confronto e a conciliação. A ideia de conciliação é atraente: afinal, os extremos normalmente são minoritários, o centro costuma ser uma avenida larga. O problema não está na ideia em si, mas na pessoa que encarna essa ideia.

Alckmin, ao falar de conciliação, soa a passar a mão na cabeça de esquerdista, de bandido ou de golpista, dependendo de quem ouve. Pertence a um partido que foi co-autor, por omissão, do desastre petista. Tem parte no “golpe”. E é apoiado pela nata da bandidagem.

João Doria, na campanha pela prefeitura de São Paulo, teria espaço para essa linha “conciliatória”. Apesar de pertencer ao PSDB, era neófito na política, visto como um outsider. Mesmo assim, optou por uma campanha agressiva anti-PT. Ganhou no 1o turno.

Esse figurino que Alckmin quer vestir ficaria bem em Luciano Huck ou Joaquim Barbosa. Veste melhor, inclusive, em Marina Silva. Alckmin, como “o conciliador”, somente reforça a imagem de um PSDB pusilânime.

Vai ser difícil.

É bom ir se acostumando

Josué Gomes e Nelson Jobim são, respectivamente, o penúltimo e o último “nome novo” a entrar na arena e cair. Antes dele, Luciano Huck, Joaquim Barbosa e João Doria foram tentados.

O dito “centro político” tem tentado desesperadamente a “trindade impossível”: um nome ao mesmo tempo viável eleitoralmente, que seja “controlável” e que não esteja, de alguma maneira, ligado à velha política. Vão descobrindo que não existe.

Os candidatos são estes que estão aí. É bom começar a trabalhar com essa realidade.

Liberal de araque

O Uber disponibiliza as opções “Select” e “Black” para quem quer um carro um pouco melhor. Segundo a Prefeitura, quem não pode pagar por este conforto adicional fica sem o serviço.

Para a Prefeitura, carro acima de 5 anos é pouco seguro e não adequado para prestar serviço de transporte. Seguro e adequado deve ser ônibus e trem, únicas alternativas para quem não pode pagar uma tarifa adicional.

Doria, você é um liberal de araque.

No recôndito da cabine de votação

Você, eleitor do PSDB desde que elegeu FHC em 1994, está P da vida porque o partido decidiu continuar na base de apoio desse salafrário do Temer. Jurou nunca mais passar perto de uma urna com o nome de alguém do partido estampado. Ok, muito justo.

1o turno das eleições de 2018. Quatro nomes chegam com chances reais de ir ao segundo turno:

  • João Doria – PSDB/PMDB
  • Jair Bolsonaro – coligação de partidos nanicos
  • Ciro Gomes – PT e seleta de partidos de esquerda
  • Marina Silva – Rede/PSOL (a esquerda limpinha)

No recôndito da cabine de votação, qual a sua decisão?

Não precisa falar, o voto é secreto.