Marte é aqui

Reportagem na Globo News (sim, de novo, resolvi pegar no pé) sobre a sonda que pousou em Marte.

Imagem de um cientista americano, explicando que Marte era habitável há 3 bilhões de anos e hoje é um deserto gelado. A missão tem como objetivo estudar o solo do planeta para tentar entender o que aconteceu.

Corta para a inefável Leilane Neubarth, que complementa com o óbvio “para que nós não façamos o mesmo”.

Então, para a apresentadora do GN, nem precisa de sonda, a explicação é óbvia: a civilização marciana fucked o planeta vermelho e aquilo virou um deserto inóspito. Só faltou dizer que o líder dos marcianos tinha cabelo laranja, apesar de sabermos que os marcianos eram verdes.

Tudo isso é muito ridículo

Na Globo News, Cristiana Lobo nos conta que Manu D’Avila ficou uma pistola com os petistas. Motivo: parece que deram a ela a missão de representar a chapa somente em assuntos relacionados a gênero e juventude. Pudera, imaginou a Manu falando sobre economia? Aí é que a vaca petista não ia sair nunca do brejo.

Mas não é este o assunto. Logo depois dessa informação, a inefável âncora Leilane Neubarth começa o samba de uma nota só feminista: a candidata Manuela, por ser mulher, está sendo podada! E isso, em um partido de esquerda!!!

Não lhe ocorre que Manuela possa estar sendo podada pelas suas ideias. Não. O problema, em primeiro lugar, é o que vai entre as pernas. Só depois, vem o que a pessoa pensa. Se é que vem.

Leilane, como toda boa feminista, não entende que este tipo de raciocínio só serve para denegrir a mulher. O fato de ser mulher é mais importante, mais definidor, do que todo o resto. Não importam as virtudes, a genialidade, a personalidade, enfim, não importa tudo aquilo que define o ser humano. Importa, em primeiríssimo lugar, o gênero. Tudo o mais vai subordinado.

A cereja do bolo foi a constatação de que aquela “discriminação” estava sendo feita por um partido “de esquerda”. Claro, se fosse “de direita”, era o comportamento esperado. Mas da esquerda, se espera a virtude, o bom e o belo. Sempre. E discriminação não casa com nada disso.

Tudo isso é muito ridículo.