Aecio quer manter a Cemig nas mãos do Estado na marra.
Serra é contra cortar o crédito subsidiado do BNDES.
Alckmin outro dia posou para fotos com lideranças do MST.
Apenas um repositório de ideias aleatórias
Doria afirmou que vai cortar o ponto de funcionário municipal que faltar na 6a feira.
Doria não perde uma única oportunidade de mostrar aos caciques do PSDB como se faz política.
E ainda diz que não é político.
O PSDB passou os últimos 30 anos apanhando do PT, inclusive através de estudos fajutos dessa tal fundação Perseu Abramo.
Agora, que o PT está na lona e prestes a desaparecer do mapa eleitoral, os tucanos vão alegremente discutir “o futuro do país” com os petistas. Como se pudesse haver algum diálogo honesto com petistas.
O PSDB merece sumir do mapa junto com o PT.
“Esse Tarso Genro, que é do PT e prefeito de Porto Alegre, me parece que é um dos melhores do PT, se não for o melhor. Quero ter uma conversa com ele […], porque acho que ele pode ser um interlocutor mais construtivo dentro do PT.”
FHC, setembro 1996
FHC é o principal culpado pelo fato de termos sofrido 13 anos de governo do PT.
O ano é 1995, maio. FHC enfrenta, por onde quer que vá, protestos da CUT. Pequenos, mas bastante ruidosos. Os petroleiros estão em greve, e os protestos são contra as reformas.
FHC anota em suas memórias: “Isso é […] uma atitude que não é nem revanchista, é passadista, de gente que precisa de movimentação e crê que tem diante de si um inimigo, como se fosse o inimigo histórico. Essa coisa tão patética hoje em dia, até porque eu não sou Collor, não tem por que fazer esse tipo de agressão, e muito menos à Ruth, que tem uma atitude bastante aberta.”
FHC faz o diagnóstico correto: para o PT, ele era o inimigo. Mas, ingenuamente, acredita que, não sendo Collor, merece o respeito de Lula. Tanto é assim, que fez corpo mole nas eleições de 2002, pois seu candidato “in pectore” é Lula. Lula é o seu projeto político: depois de colocar a casa em ordem, entregaria o poder a um operário com mentalidade contemporânea, que seguiria, com mais legitimidade do que ele próprio, a trilha por ele iniciada, com o objetivo de situar o País como uma moderna democracia.
Foi passar a faixa, e ouviu de Lula pela primeira vez as palavras que marcariam dali em diante a relação entre os dois: “herança maldita”. Era a punhalada nas costas por parte de sua criatura. Ali ficava claro que o inimigo era sim ele. FHC e o PSDB eram a única alternativa real de poder. E, portanto, deviam ser destruídos.
Dilma foi uma criatura de Lula, e por isso nunca vamos perdoa-lo. Mas Lula é, de certa forma, uma criatura de FHC, fruto do idealismo (ingenuidade?) de FHC. Tendo entendido a natureza do escorpião, preferiu olhar para o outro lado, e ignorar as evidências que se acumulavam desde o início, como ficou claro no trecho acima. Hoje, FHC se diz decepcionado com Lula. Tarde demais. Se chegamos ao ponto que chegamos, FHC tem uma parcela significativa de culpa. Pois abriu mão do poder em nome de uma espécie de “quitação de dívida histórica” e, depois, abriu mão de seu papel de principal líder da oposição.
O maior partido de oposição ter abraçado a tese do impeachment somente DEPOIS do maior aliado do governo ter desembarcado diz muito sobre como chegamos ao ponto em que chegamos.
“O impeachment de Collor nasceu na rua e veio para o Congresso Nacional. Agora, o pedido nasce no Congresso e tem que ir para a rua”. De um senador tucano.
Em 2015, foram três manifestações com mais de um milhão de pessoas nas ruas pedindo o impeachment. São 66% os que pedem o impeachment nas pesquisas.
Quem tem que ir pra rua são os políticos tucanos.