Jamais permitiríamos que as crianças das comunidades mais pobres e isoladas do país se beneficiassem da mais avançada tecnologia, tanto em telecomunicações quanto educacional. Quem se iludiu com isso não conhece a verdadeira agenda da esquerda, que é combater o imperialismo americano (Musk) e o capitalismo meritocrático (Lehmann). Nem que, para isso, condene as crianças mais pobres do país aos serviços da Telebras e aos métodos educacionais gestados na FFLCH. Ainda mais sabendo que Musk não é um imperialista qualquer. Ele é amigo de Bolsonaro ().
Estatais no Brasil são como baratas: para matá-las, precisa pisar umas 10 vezes e se certificar de que estão mortas. Caso contrário, levantam-se e saem andando por aí.
O sistema Telebras foi privatizado em 1998, mas a holding não foi liquidada. Ficou lá, “morta” no chão. Até que, em 2010, saiu andando, com a missão de “gerir” o Plano Nacional de Banda Larga.
Bem, a Telebras já acumula prejuízo de R$ 1,4 bi desde a sua ressurreição, tendo recebido aportes da União de R$ 1,9 bi nesse período. Estão aí mais 2 bi para os que querem fazer uma “auditoria da dívida pública”.
Em 2018, a empresa faturou R$200 milhões e teve despesa de pessoal, entre contratados e terceirizados, de R$ 143 milhões. Considerando os outros custos, o prejuízo operacional foi de R$ 63 milhões. Considerando depreciações e custos financeiros, o prejuízo final foi de R$ 225 milhões. Foi o 3o ano seguido de prejuízo acima de R$200 milhões.
Agora, o governo quer submeter a empresa ao regime das estatais “dependentes do Tesouro”, o que significa que os salários dos seus quase 400 funcionários deverão se submeter às regras do restante do funcionalismo público. A direção da empresa já avisou que vai lutar para evitar esse movimento.
Deve haver um bom motivo para que a Telebras exista até hoje. Deve haver.