Tadinho!

Eu era o garoto sentado nesta charge de Ziraldo, de agosto de 1974. Obviamente, só vi esta charge muitos anos depois, já jovem adulto, em um livro de coletâneas das charge do autor. Quando a vi, fiquei impressionado com a presciência do cartunista. Afinal, eu estava saindo da faculdade no fim da chamada “década perdida”, quando o país ainda pagava a conta da dívida irresponsavelmente assumida na década anterior.

Lembrei-me dessa charge durante grande parte do governo Dilma e voltei a lembrar agora, ao ler as inúmeras ideias do que fazer com o dinheiro surgido da “licença para gastar” dada pela epidemia. Nessas horas, olho para os meus filhos e falo: “tadinhos!”.