O FGTS e a política

A Caixa cobra 1% ao ano para gerir R$ 500 bilhões. Está propondo reduzir para 0,8%. Muito bonzinhos.

Faça uma concorrência qualquer, tosca mesmo, e vão chover propostas de administração com taxas de um décimo (ou menos) do que é cobrado hoje. Este é o tamanho da tunga que os cotistas do FGTS (nós) levamos ao conviver com o monopólio da Caixa.

O presidente da Caixa quer nos convencer que, quebrando o monopólio, os preços vão aumentar, não diminuir. Seria um case a ser estudo nos cursos de microeconomia, onde o aumento da competição aumenta os preços.

Como qualquer bom político que quer manter o seu naco de poder, Guimarães usa o Norte/Nordeste como escudo para manter um privilégio inaceitável. A ausência de agências dos grandes bancos nas cidades da região poderia ser facilmente contornável com uma parceria do tipo “banco postal”, ou mesmo com a própria Caixa. Ainda sobraria muita taxa de administração.

A defesa que Pedro Guimarães faz do monopólio da Caixa no FGTS e o tipo de argumento que usa não deixa margem a dúvidas: o presidente da Caixa está preparando a sua entrada na política. E os cotistas do FGTS? Que continuem pagando pela ineficiência.

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