A história segundo os perdedores

Há um site, chamado Mapa da Democracia, que faz um levantamento dos deputados contra e a favor do impeachment. Até aí, nade demais. Não fosse pelo fato de chamar os deputados contra de “democratas” e os a favor de “golpistas”. E mais: abaixo do termo golpista, vem a frase preferida da esquerda psicótica: “A História os julgará!”

Já se disse, com razão, que a história é contada pelos vencedores. No caso, será contada pelos professores de história do complexo PUCUSP, que escrevem os livros didáticos que nossos filhos usam tanto nas escolas públicas quanto nos colégios pagos a peso de ouro. Esses professores são o fruto do trabalho dos vencedores, aqueles que conseguiram manter a doutrina esquerdóide viva, mesmo durante os piores momentos da ditadura militar.

E o que nos contam esses professores?

– Que guerrilheiros como Dilma queriam a implantação de uma democracia no Brasil quando lutavam contra a ditadura militar

– Que Cuba e Venezuela são exemplos de democracia

– Que as privatizações fizeram muito mal ao Brasil

– Que todos os males da humanidade são causados por empresários gananciosos

– Que os EUA são os responsáveis pela pobreza na América Latina

– Que FHC era um vendido ao Consenso de Washington, que só quer tirar direitos dos trabalhadores

– E uma longa lista de etceteras – todos exemplos reais

O que estará nos livros dos nossos filhos daqui a 20 anos? Claro, que a deposição constitucional de Dilma foi um golpe de estado. Conforme-se: enquanto você achar que depositar um voto em uma urna a cada dois anos é o máximo que você pode fazer para mudar isso, é o que vai acontecer.

O pau que segura a lona do circo

Esqueçam tudo.

Distribuição de cargos, racha do PMDB, antecipação de eleições, impeachment do Temer. Nada disso importa.

A única coisa que realmente importa é o destino de Lula, a ser decidido pelo STF na semana que vem. Ele é o pau que segura a lona do circo.

O verdadeiro golpe

Agora, “democratas” querem antecipar as eleições. Parece uma solução, mas é só um golpe nas instituições. O impeachment está previsto na Constituição, teve o seu rito confirmado pelo STF e tudo mais. Novas eleições não estão previstas na Constituição, seria preciso modificá-la. A pergunta é: por que modificar a Constituição se já existe um dispositivo constitucional para lidar com a crise? A isto chamo de oportunismo, para não dar o nome de golpe.

Aliados do PT têm defendido essa tese. O que mostra que se trata de uma bomba de fumaça, para dispersar o esforço pro-impeachment. Depois da votação, esse assunto morre.

Desperdício

Marginal Pinheiros parada no domingo em função de um acidente, e o painel luminoso com a mesma mensagem idiota de sempre. O que só reforça minha percepção de que esses painéis luminosos foram um bom negócio para o fornecedor, mas são inúteis para a população, em mais um exemplo de desperdício de dinheiro público.

Itaquerão, a Abreu e Lima do esporte

O Itaquerão está para o Corinthians assim como a Refinaria Abreu e Lima está para a Petrobras: uma obra faraônica, feita por motivos populistas (e, quiçá, criminais), sem viabilidade financeira, mas que rendeu dividendos políticos a Lula (coincidentemente ou não, a FUP e a Gaviões estão contra o impeachment).

Lula e o motorista

O motorista Alfredo José dos Santos atacou a juíza Tatiane Moreira Lima. Imobilizou-a e ameaçou incendiá-la. Santos não se conformava com a postura rigorosa da magistrada.

Santos foi preso.

O palestrante Luís Inácio Lula da Silva atacou o juiz Sérgio Moro. Imobilizou-o no STF e ameaçou incendiar o país. Lula não se conformava com a postura rigorosa do magistrado.

Lula virou ministro.