Vender a alma

Eu realmente gostaria de entender essa frase do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Se alguém tem uma boa explicação, agradeço.

De que forma um país “vende a sua alma” em uma relação de comércio? Isso aqui está parecendo as diatribes dos petistas contra os EUA (lembra da diplomacia “altiva” do Celso Amorim?). Uma bobagem, que agora só troca de alvo.

“Os chineses podem comprar coisas do Brasil, mas não comprar O Brasil”. Esta é outra frase, cunhada pelo próprio presidente, que a rigor não significa porcaria nenhuma.

Parece-me que Bolsonaro se referia a terras e infraestrutura. Como se o risco fosse dos brasileiros e não dos chineses. Não, os chineses não vão pegar as terras e as usinas hidroelétricas, colocar debaixo do braço e ir embora no dia seguinte, deixando os brasileiros no escuro. Na verdade, quem corre risco são os chineses, em terras onde o que está escrito em contrato não vale a tinta gasta, e o histórico de desapropriações forçadas é longo.

Faria bem o governo Bolsonaro ter uma abordagem pragmática em relação ao comércio exterior e ao fluxo internacional de capitais. Como dizia Deng Xiao Ping, o premiê chinês que revolucionou aquele país no final da década de 70 e permitiu que a China se tornasse a 2a maior potência do mundo, “não importa a cor do gato, desde que cace os ratos”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.