Atualizei este gráfico com as pesquisas dos últimos 3 meses, média da Datafolha, Ipec, CNT/MDA e Ipespe. Para quem está chegando agora, trata-se da popularidade líquida dos presidentes: ótimo/bom menos ruim/péssimo.
No início dos anos eleitorais, tínhamos as seguintes popularidades líquidas:
- 1989: -44 (Sarney)
- 1994: -28 (Itamar)
- 1998: +26 (FHC)
- 2002: -9 (FHC)
- 2006: +13 (Lula)
- 2010: +68 (Lula)
- 2014: +9 (Dilma)
- 2018: -64 (Temer)
- 2022: -32 (Bolsonaro)
As notícias não são nada boas para Bolsonaro. A única vez em que um presidente fez seu sucessor com tamanha impopularidade no início do ano eleitoral (Itamar Franco em 1994), houve nada menos que um Plano Real no meio do caminho. Em todas as outras eleições, o sucessor foi feito com o mandatário no campo ao menos positivo de popularidade: FHC em 1998 (+26), Lula em 2006 (+13), Lula em 2010 (+68) e Dilma em 2014 (+9). Em 2002, FHC (-9) não conseguiu fazer seu sucessor, assim como, obviamente, Sarney (-44) em 1989 e Michel Temer (-64) em 2018.
Com uma popularidade líquida de -30, estável nos últimos 5 meses, a não ser que Bolsonaro tire da cartola algo equivalente a um Plano Real, a reeleição fica realmente muito distante. Claro que toda escrita está aí para ser quebrada, mas este é o quadro frio dos números.
PS.: faço a média de 4 institutos para amenizar eventuais vieses de uma ou outra pesquisa.