O Estadão nos apresenta hoje um perfil de Fernando Haddad. O final está aí. A matéria nos informa que Haddad leu 250 livros para escrever sua mais nova obra, que nasceu de conversas com Noam Chomsky. Isso tudo é chic nas últimas!
Haddad é realmente um prodígio. Leu 250 livros desde que perdeu as eleições! Vamos fazer uma conta rápida: de dezembro de 2018, quando foi dispensado de sua condição de poste, a abril de 2022 (o livro foi lançado em maio) são 41 meses. Portanto, temos um ritmo de aproximadamente 6 livros por mês, ou 1,5 livros por semana, sem descanso. E não são livros quaisquer! São livros mais densos do que o interior de um buraco negro. E Haddad certamente conjugou esse febril trabalho acadêmico com uma atividade profissional que lhe permitiu ganhar o seu sustento nesse período. Ninguém sabe exatamente qual é essa atividade, mas deve existir.
Agora sério. Assim como Lula é embalado e vendido como um típico representante do povo brasileiro, Haddad é embalado e vendido como um intelectual potente, alguém muito mais preparado para entender o mundo do que trogloditas como nós. Lula teria aquela sabedoria do povo, enquanto Haddad teria a sabedoria adqurida nos muitos livros lidos e nas conversas com os Noams Chomskys da vida.
Tudo não passa de marketing. A “informação” dos 250 livros não estão ali à toa. Serve justamente para criar essa imagem. Alguém tão superior certamente está mais preparado para nos governar do que um troglodita como Tarcísio ou um capiau como Rodrigo.
A reportagem termina de forma patética, nos informando que Haddad tem tanto prazer em receber um elogio de Noam Chomsky quanto teria em ganhar a eleição para governador de SP. Coisas que nós, pobres mortais, não conseguimos alcançar. Eu humildemente recomendaria ao candidato que aproveite bem o elogio de Chomsky.