Esqueçamos por um instante as brigas internas do Novo, as posições do “dono” do partido e tudo mais. Luís Felipe D’Ávila foi escolhido o candidato do Novo à presidência.
Em entrevista hoje, D’Ávila mostrou uma virtude rara: não gastou vela boa com defunto ruim. Não houve uma menção sequer a impeachment ou “defesa da democracia”, apesar de não terem faltado críticas ao atual estado de coisas. Mas, corretamente, o candidato faz menção à estagnação econômica dos “últimos 10 anos”, e não somente dos últimos dois anos e meio.
Sobretudo, D’Ávila coloca Lula em seu devido lugar: não dá pra fazer uma reconstrução moral e ética do país com Lula na presidência. Ele não diz, mas eu complemento: a defesa da democracia inclui também evitar que Lula volte à presidência.
O candidato do Novo demonstra que não é preciso ser bolsonarista para atacar Lula. Este deveria ser o caminho de todos os candidatos da chamada “3a via”.