Correndo atrás do rabo

Chegou-me às mãos um estudo do Santander sobre o potencial impacto da melhoria da educação na produtividade do país. A principal conclusão é a seguinte:

“Se o Brasil conseguisse sair das últimas posições (onde se localiza atualmente, junto com Peru e Indonésia) no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes em um período de 10 anos e conseguisse alcançar o mesmo patamar de Chile e Bulgária (que estão em uma situação melhor, porém entre os 25% piores), poderia aumentar a produtividade do trabalho em 50%. Isso significaria, no período de 10 anos, uma expansão da produtividade a um ritmo de 4% por ano, o que poderia elevar o crescimento potencial dos atuais 2%-2,5% para um nível próximo de 5%.”

Repetindo: atingir o nível da Bulgária no PISA nos faria dobrar o crescimento potencial do PIB.

Sim, combate à corrupção é importante.

Sim, equilíbrio fiscal é importante.

Sim, combate à criminalidade é importante.

Mas enquanto não fizermos um esforço sério, não ideológico, para incluir uma fatia importante da população brasileira nesta cidadania chamada “alfabetização funcional”, continuaremos correndo atrás do rabo.

Manja tudo

Manja tudo esse Perillo. Comparar a situação do Lula em 2002 com a de Alckmin em 2018 tem tudo a ver mesmo. Alckmin é visto pelo mercado como um radical de esquerda e precisa de um “avalista” para passar por moderado. Meirelles agrega mesmo muito à campanha do PSDB, inclusive o inestimável apoio do Temer.

Com um coordenador desses, Alckmin não precisa de adversários.

Ainda há esperança

Da página de Gustavo Franco:

Hoje, 1 de julho de 2018, o real faz 24 anos. É o padrão monetário mais bem sucedido de todos os 9 que o Brasil já teve. Até hoje, 24 anos depois, voce vai ter dificuldade com o troco para a nota de R$100. Em 1967, quando o cruzeiro de 1942 foi substituido pelo cruzeiro novo, Pedro II, da cédula de Cr$ 100, ganhou um carimbo redondo e passou a valer 10 centavos. Vamos festejar uma reforma que fizemos direito, e que era muito dificil. Podemos perfeitamente resolver os outros problemas, o Brasil não é um caso perdido.