A origem da dívida pública

Hoje, chamada de capa do Estadão mostra a atual situação da Usina Angra 3: são necessários R$ 17 bilhões para o seu término, e R$ 12 bilhões para zerar as dívidas, caso se desista de continuar a construir.

Já foram consumidos R$ 7 bilhões na construção. Caso fique pronta, Angra 3 terá capacidade de 1,4 GW. Serão, portanto, R$17,1 milhões/GW. A reportagem cita o exemplo da usina Teles Pires, que custou R$ 2,1 milhões/GW, ou 8 vezes menos que Angra 3.

Angra 3 (assim como as suas irmãs Angra 1 e 2) foi um projeto do governo militar. Estratégico, diziam. Era importante o Brasil dominar o ciclo da energia nuclear. Lula retomou as obras em 2009, e o diretor da Eletronuclear está hoje preso, condenado a 43 anos por corrupção.

Quando alguém vier com a ideia de fazer “auditoria na dívida pública”, dê este exemplo de desperdício do dinheiro público. Quem sabe consigam entender como se originou esta dívida monstruosa que temos hoje.