Muito a desejar

Há alguns meses, as ciclofaixas de domingo foram desativadas após anos de funcionamento. Motivo: a prefeitura deixou vencer o contrato com o Bradesco, que patrocinava as ciclofaixas, e não tinha nenhum plano B no lugar. Resultado: uma opção a menos de lazer para os paulistanos no domingo.

Não me espanta, portanto, que o maior carnaval de rua do Brasil esteja esta zona narrada pela reportagem.

As eleições para a prefeitura de São Paulo costumam ser encaradas como um laboratório para as eleições gerais de dois anos depois. Afinal, trata-se do terceiro maior orçamento do País. Os moradores da cidade, no entanto, dão valor também, além dos embates ideológicos e políticos, para o que o prefeito faz ou deixa de fazer em termos administrativos. E, nesse quesito, Bruno Covas deixa muuuuuuito a desejar.

Ciclofaixas e eleições

Ontem senti falta da ciclofaixa do domingo, mas pensei: deve ser por causa da chuva, né?

Nada disso: foi incompetência da prefeitura mesmo, que não conseguiu repor o patrocinador que desistiu do contrato.

Não sei se foi um problema do contrato, que não previa aviso prévio, ou da prefeitura, que dormiu no ponto. Pouco importa. O culpado será sempre o prefeito.

Bruno Covas tem tentado se destacar com pautas da esquerda bem-cheirosa. A falta da ciclofaixa atinge em cheio justamente esse público, digamos, mais sensível à causa. O atual prefeito corre o risco de acabar o mandato falando sozinho.

Esperto é o Doria, que já se movimenta em direção ao seu plano B: Joice Hasselmann. E mais esperto ainda é o Bolsonaro, que já avisou que Joice não é a sua candidata.

As eleições para a prefeitura de São Paulo serão, como sempre, interessantes.