Os brasileiros merecem o Brasil

Pesquisa da XP acaba de ser publicada.

– Haddad apoiado por Lula está no 2o turno com Bolsonaro

– 40% dos entrevistados acham que Lula vai concorrer e 28% acham que ele ganha as eleições.

– 44% dos pesquisados acham que Lula deveria concorrer.

Os brasileiros merecem o Brasil.

Ditando tendências na política

Segundo Gleisi, Lula afirmou que “o Haddad está em estágio probatório”.

Depois da “chapa poliamor” com Haddad e Manuela, Lula inova mais uma vez com o “candidato trainee”.

Lula é isso, sempre ditando tendências na política.

Não é difícil de entender

Em debate no Valor, Haddad criticou o teto de gastos e afirmou que precisará ser revisto, mesmo que isso desagrade o mercado. “O mercado não está pilotando o Estado”, concluiu.

Sim Haddad, o mercado está SIM pilotando o Estado. Quando a dívida chega a 80% do PIB e o Tesouro é obrigado a recomprar títulos de longo prazo para controlar as taxas de juros, significa que os financiadores desse Estado mastodôntico tomaram sim o leme.

Eliminar o teto só vai jogar ainda mais o Estado nas mãos do mercado financeiro, pelo simples fato de que a dívida vai aumentar ainda mais. A única forma de diminuir o peso do mercado nas decisões do governo é diminuindo a dívida. E, para isso, o limite de gastos é fundamental. Não parece tão difícil de entender, não é?

Uma hipótese remota

Imagine (só por um momento, só por hipótese ok?) um 2o turno entre Bolsonaro e Fernando Haddad.

Agora imagine toda a galera do Estado Democrático de Direito, combinada com toda a turma do Centro Democrático, e com o apoio de todas as Forças Vivas da Sociedade, apoiando Haddad, o candidato cute-cute de Lula, contra o brucutu que vai destruir a Democracia no Brasil.

Claro, é só uma hipótese remota.

Mais um político da velha guarda

Conheço gente boa, bem longe de ser radical, que gosta, votou e votaria novamente em Fernando Haddad.

Haddad tem aquele jeito de intelectual ponderado, razoável, honesto intelectualmente, que se deixa convencer por argumentos. Ao mesmo tempo, é de esquerda, tem “preocupação social”. Por fim, tem ideias modernas sobre a organização social, está ligado nas grandes pautas globais sobre ecologia, inclusão, mobilidade. Enfim, trata-se de uma combinação poderosa para jovens e menos jovens.

Pois bem. Peguei o final de uma entrevista do ex-prefeito na CBN hoje. Com palavras fofas, defendia o mesmo cardápio de Lindbergh e Stedile: como se trata de uma condenação injusta, vamos manter a candidatura de Lula, pois o país merece tê-lo como candidato. Os detalhes jurídicos da pretensão seriam irrelevantes.

Haddad poderia ser uma voz ponderada dentro do PT. Apontar a nudeza do rei e liderar uma renovação. Esse seria o papel que combinaria com a descrição feita acima. Mas Haddad se mostra como o que verdadeiramente é: apenas mais uma marionete de Lula, afundando com o barco do mestre.

Fernando Gabeira (a quem sobra honestidade intelectual), em mais um iluminado artigo no Estadão de hoje, analisa a perda de tempo do país ao focar no tapetão de uma causa perdida, que é essa candidatura de Lula. Em determinada altura, diz: “Dentro ou fora da cadeia, Lula será um importante eleitor. Não creio que tenha descido acidentalmente ao lado de Jaques Wagner e Fernando Haddad em Porto Alegre. Faz parte do ritual comunista indicar a sucessão pela proximidade física nas aparições em público.”

Está aí. Haddad quer ser ungido por Lula seu sucessor. Ao invés de honestamente reconhecer os erros e reconstruir o partido sobre novas bases, quer montar sobre a popularidade do profeta de Garanhuns. Haddad, para decepção dos seus modernos e descolados admiradores, não passa de mais um político da velha guarda.