Se você está lendo este post, é porque você conta com uma plataforma chamada Facebook. Você é um dos responsáveis pelo fato de a empresa fundada por Mark Zuckerberg ter atingido, ontem, o valor de mercado de R$ 1 trilhão de dólares. Todas as empresas listadas na bolsa brasileira, incluindo Petrobras, valiam ontem, somadas, cerca de 1,15 trilhões de dólares.
Ontem, um juiz nos EUA indeferiu um processo anti-truste contra o Facebook. Sua justificativa: as aquisições do Instagram e do WhatsApp ocorreram há 9 e 7 anos atrás, respectivamente. Por que somente agora os promotores resolveram apresentar queixa? Os negócios, à época, passaram pelo escrutínio das autoridades concorrenciais, que deram o seu aval.
Das Big Techs, o Facebook talvez seja a empresa mais polêmica, pois o coração de sua operação é conteúdo. Por isso, precisa lidar com coisas como algoritmos e censura. Além disso, depois da morte de Steve Jobs e da aposentadoria de Bill Gates e de Jeff Bezos, Mike Zuckerberg está praticamente sozinho no posto de fundador controvertido de empresa de tecnologia, tendo como único concorrente Elon Musk.
Por mais que seja uma empresa no olho do furacão das disputas políticas globais e com um fundador controvertido, o Facebook atingiu o valor de mercado de U$ 1 trilhão. Por que? Destaquei um trecho de uma outra reportagem, sobre os influencers do mercado de finanças pessoais. O trecho é uma declaração de Gustavo Cerbasi, que afirma ser “obrigado” a investir em publicidade nas redes sociais, senão deixa de aparecer e não consegue crescer organicamente.
É isso. Você está lendo este post no Facebook, depois vai dar uma passeada no Instagram e trocar umas mensagens no WhatsApp. Sem perceber (ou percebendo), será alvo da publicidade paga por pessoas e empresas que “não podem deixar de aparecer nas timelines”. Pode-se questionar se isso vale 1 trilhão de dólares. Os investidores do Facebook acham que sim.