Uma história de tecnologia e perseverança

Vou contar uma história de tecnologia e perseverança.

Minha filha esqueceu o iPhone no Uber. Entrou em contato com a central de atendimento, que retornou, afirmando que o motorista não encontrou o celular no carro. Desespero.

A primeira coisa que ela fez, claro, foi usar o aplicativo Find My iPhone para colocá-lo em “modo perdido” de modo a bloqueá-lo. Com isso, descobriu onde o celular estava localizado. Ligou para a polícia, mas recebeu a informação de que ela poderia fazer um BO, mas a polícia não poderia ajudá-la naquele momento, pois as pessoas daquele endereço simplesmente poderiam mentir e eles não tinham mandato judicial para invadir e revistar as residências.

Não se dando por vencida, colocou o endereço aproximado no Google Maps e buscou comércios próximos que tivessem telefone. Ligou para todos, mas nenhum se dispôs a ajudar. Avançando mais uma casinha da perseverança, usou o modo Google Street, e viu que, próximo ao endereço, havia uma oficina de carros com o telefone na porta, e que não constava do Google Maps. Ligou para esse telefone, e uma boa alma atendeu.

Essa boa alma se dispôs a perguntar para um vizinho que fazia Uber se, por acaso, não havia um celular no carro dele. Pimba! Era o próprio! O celular estava com ele! Não sabemos exatamente porquê a central do Uber afirmou que o celular não se encontrava com o motorista.

Acabamos de chegar, eu e minha filha, do lugar onde estava o celular. Claro, levamos uma caixa de bombons para o motorista e outra para a boa alma da oficina mecânica.

Três lições ficam. A primeira é: não desista. A segunda é: existem almas boas e honestas no mundo . E a terceira é: os controladores do Google e da Apple merecem ficar trilionários, pois são muito mais úteis à humanidade do que todo o conjunto de seus críticos.

Sobrando tempo

O Procon-SP, uma vez que já resolveu todos os problemas dos consumidores paulistas, está com tempo para se intrometer no modelo de negócio de uma empresa.

Adivinha o que vai acontecer? A Apple vai embutir o preço do carregador no preço do iPhone 12, e todos os consumidores vão pagar pelo carregador, mesmo não querendo um novo.

E para aqueles que acham que “o preço já é um absurdo e a Apple tem mais é que fornecer o carregador mesmo”, sugiro o que faz todo consumidor insatisfeito: troque de marca. Garanto que é muito mais eficaz do que qualquer ação do Procon.