Quem entende do riscado

Segundo matéria do Valor, o governador petista da Bahia e Jaques Wagner (que dispensa credenciais) anunciaram apoio à candidatura, para a prefeitura de Salvador, de uma outsider, que nem filiada ao partido é. O diretório municipal entrou em ebulição. A pré-candidata é mulher e negra, credenciais importantes nos dias que correm. Mas tem um passivo intransponível, segundo os dirigentes locais: é major da PM. Apesar de comandar a Ronda Maria da Penha, que combate a violência contra a mulher, a major não conseguiria se livrar da “imagem negativa” da PM junto à população mais pobre, e teria dificuldade de obter apoio dos “movimentos sociais”.

Corte rápido para uma notinha hoje no Estadão (abaixo), dando conta de que pesquisas estão captando a força do apoio de Bolsonaro no Nordeste, e que líderes de esquerda estariam preocupados com essa tendência.

Rui Costa, Jaques Wagner e, obviamente, Lula, sabem para onde sopram os ventos. Uma candidata PM é claramente uma tentativa de neutralizar o avanço de Bolsonaro em seu território. Aparentemente, o povo pobre não tem assim tantas críticas à atuação da PM como supõem os movimentos sociais em suas bolhas. Pelo menos, é isso o que pensa quem entende de política dentro do partido.

O candidato do povo

Essas são palavras de Jaques Wagner, um cara até considerado “moderado” pelo mercado.

Todos os sonhos arrebatadores contidos no programa de governo do PT são financiados por três agentes: o contribuinte (que paga impostos), o mercado financeiro (que empresta dinheiro para o governo) e o povo mais pobre (que tem o seu poder de compra reduzido pela inflação quando nenhum dos outros dois agentes topa a brincadeira).

O contribuinte já mandou avisar que não quer mais impostos.

O mercado também já mandou avisar que vai se curvar sim, mas é para pegar a sua malinha e ir embora.

Adivinha para quem vai sobrar?