Aqui o PT não se cria

O PT está convicto da viabilidade eleitoral de Fernando Haddad na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes neste ano. Será que dessa vez o partido de Lula finalmente conquistará a última fortaleza antipetista do país, o estado de São Paulo? Vejamos.

Em 2002, quando o PT ainda era o partido da esperança e Lula estava destinado a tomar o leme do país, o candidato do PSDB naquele ano, Geraldo Alckmin, deu uma lavada no candidato do PT, José Genoíno, no 2o turno: 59% a 41%. Isso porque Lula deu uma escovada em Serra no plano nacional, vencendo o 2o turno por 61% a 39%. A campanha de Lula foi tão espetacular naquele ano que o ex-metalúrgico conseguiu a façanha de ganhar a eleição em São Paulo, por 55% a 45%, a primeira e única vez em que isso aconteceu.

Daí em diante foi só ladeira abaixo para o PT em São Paulo. Em 2006, pós mensalão mas tendo bons resultados econômicos para mostrar, Lula conseguiu se reeleger com o mesmo percentual de 2002, 61% a 39%, contra Alckmin. No plano estadual, no entanto, ao contrário de 2002, Alckmin venceu Lula por 52% a 48%. E, para governador, Serra simplesmente atropelou Aloísio Mercadante, o candidato do PT, vencendo no 1o turno com 58% dos votos contra 32% do petista.

Em 2010, com o mensalão já perdido nas brumas da história e no auge de sua popularidade, Lula conseguiu emplacar o seu poste nas eleições presidenciais: Dilma venceu Serra por 56% a 44%. No entanto, em São Paulo, Serra venceu Dilma por 54% a 46%. E, para governador, Alckmin venceu as eleições no 1o turno, com 51% dos votos, novamente contra Mercadante.

Em 2014, com a economia já cambaleante e as nuvens negras do petrolão começando a cobrir o céu petista, Dilma conseguiu se reeleger em uma eleição bastante disputada contra Aécio Neves, 52% a 48%. No estado de São Paulo, no entanto, Aécio passou por cima de Dilma, com 64% a 36%, a maior votação estadual do mineiro. Para governador, Alckmin novamente se elegeu no 1o turno, com 57% dos votos. Alexandre Padilha, o candidato do PT, chegou apenas em terceiro lugar, com meros 18% dos votos, perdendo o segundo lugar para Paulo Skaf. Foi a pior votação do PT no estado desde 1994, quando José Dirceu também chegou em terceiro lugar, com 15% dos votos.

Finalmente, em 2018, com Lula preso, Bolsonaro vence Fernando Haddad no 2o turno por 55% a 45%. Em São Paulo, Bolsonaro ganhou por uma margem muito mais larga, 68% a 31%. E, nas eleições estaduais, o PT novamente não consegue chegar ao 2o turno: seu candidato, Luiz Marinho, conseguiu apenas 13% dos votos no 1o turno, chegando em 4o lugar, piorando ainda mais a marca alcançada por Padilha nas eleições anteriores.

Apenas para recapitular, vamos listar a seguir a votação do PT nas eleições de São Paulo desde a redemocratização:

  • 1982: Lula – 11% (4o lugar)
  • 1986: Eduardo Suplicy – 11% (4o lugar)
  • 1990: Plinio de Arruda Sampaio – 12% (4o lugar)
  • 1994: José Dirceu – 15% (3o lugar)
  • 1998: Marta Suplicy – 22% (3o lugar)
  • 2002: José Genoíno -32% (2o lugar) – 41% no 2o turno
  • 2006: Aloísio Mercadante – 32% (2o lugar)
  • 2010: Aloísio Mercadante – 35% (2o lugar)
  • 2014: Alexandre Padilha – 18% (3o lugar)
  • 2018: Luiz Marinho – 13% (4o lugar)

Chegamos em 2022. Os petistas plantam na imprensa a informação de que o partido está convicto da viabilidade eleitoral de Fernando Haddad. Só de observar a lista acima, podemos intuir o embuste. O PT, no auge de sua glória eleitoral em São Paulo, conseguiu chegar ao 2o turno (a única vez em que isso se deu) e perdeu de lavada. O PT que saiu das eleições de 2018 é do mesmo tamanho e relevância daquele das décadas de 80 e 90. Não é impossível que o PT melhore a sua performance em 2022 em relação a 2018. Mas daí a achar que “tem viabilidade eleitoral” em São Paulo, vai uma distância amazônica.

A cereja do bolo da notinha é a tentativa de convencer Boulos a desistir de sua candidatura em favor do candidato do PT, com a promessa de apoio para a prefeitura de São Paulo em 2024. Como se promessa de petista não fosse escrita na areia. Boulos, que de bobo não deve ter nada, vai sugerir o mesmo para o PT: apoio a Haddad na disputa pela prefeitura em 2024. Afinal, viabilidade eleitoral por viabilidade eleitoral, Boulos também tem.

No final, em São Paulo deve dar a lógica. Não sei quem vai ganhar a eleição, mas sei quem não vai ganhar: Haddad. Aqui o PT não se cria.

Significa?

Ontem discutíamos se a indicação de Guido Mantega para escrever um artigo com o “pensamento econômico” de Lula realmente significava aquilo aparentava significar.

Hoje, reportagem do Estadão colhe uma série de depoimentos de próceres do partido, envolvendo vários tópicos caros aos liberais: reforma trabalhista, privatizações, teto de gastos, autonomia do BC. A começar pelo próprio Lula, que já havia dito que acabaria com o teto de gastos, e agora aponta a contra-reforma trabalhista na Espanha como um modelo a ser seguido.

A essa altura do campeonato, se alguém ainda tinha alguma dúvida do que significava a escalação de Guido Mantega como porta-voz econômico de Lula, respondo com Ronnie Von: significa.

Parabéns aos advogados de São Paulo

Normalmente não acompanho as eleições da OAB. Trata-se de uma realidade distante para mim. No entanto, as eleições deste ano me chamaram a atenção por causa de uma candidata: Dora Cavalcanti.

Dora é advogada criminalista e atende VIPs. Mas seu cliente mais famoso, e pelo qual lembrei do seu nome, foi o grupo Odebrecht, no julgamento da Lava-Jato. Dora é muito atuante no, digamos, direito de defesa de quem tem dinheiro para pagar bons advogados, que sabem como explorar as chicanas processuais da justiça brasileira. É conselheira do Instituo pela Defesa do Direito de Defesa e faz parte do grupo de advogados Prerrogativas (Prerrô, para os íntimos), liderado pelo advogado petista Marco Aurélio de Carvalho, que surgiu justamente como uma reação à Lava-Jato e à “perseguição” a Lula.

A candidata Dora, portanto, tinha lado. Fiquei curioso, então, em ver como os advogados paulistas votariam nessa eleição. O resultado, não posso deixar de registrar, deixou-me animado.

Em primeiro lugar, com 36% dos votos, foi eleita a nova presidente da OAB-SP, Patrícia Vanzolini. Em segundo lugar, o atual presidente da Ordem, Caio Augusto Silva dos Santos, recebeu quase 33% dos votos, em uma chegada muito apertada. E, em um distante terceiro lugar, Dora Cavalcanti recebeu 10% dos votos. O restante foi dividido entre outros dois candidatos.

Na entrevista ao Estadão hoje, a presidente eleita da OAB-SP foi perguntada sobre o que os advogados acham da atuação de Sérgio Moro. A resposta foi brilhante: ao mesmo tempo que, como criminalista, tem sérias restrições ao modus operandi do ex-juiz, reconhece que muitos advogados pensam que Moro atuou dentro das 4 linhas. Sendo assim, apesar de sua posição, reconhece que não pode falar pela advocacia neste aspecto.

Esta pluralidade da advocacia paulista provavelmente explica os mirrados 10% dos votos recebidos por Dora Cavalcanti. Os advogados paulistas decidiram que a OAB deveria trabalhar pelos seus interesses e pelos interesses do Brasil, e não pelos de um partido. A OAB-SP livrou-se, por larga margem, de servir como um braço do PT. Parabéns, advogados de São Paulo.

O verdadeiro legado dos governos do PT

Só falta um pequeno detalhe nesse artigo: o governo Dilma, nome que não foi citado uma única vez.

Mas esse não é, nem de longe, o principal problema. O problema, de fato, é o desfile de números sem uma demonstração de causa e efeito. Por exemplo, quando diz que a dívida pública no governo FHC aumentou, sem dizer que o governo tucano foi o responsável por tirar inúmeros esqueletos fiscais dos seus respectivos armários. Ou seja, houve um reconhecimento de uma dívida que já existia. Ou quando fala das condições macroeconômicas do governo Temer, quando este, na verdade, herdou-as todas do governo daquela que não se pode pronunciar o nome. Ou ainda, quando fala do investment grade, que foi obtido justamente porque o primeiro governo Lula seguiu o receituário “neoliberal”.

A grande vantagem de termos tido um governo Dilma é conhecermos o modelo petista de governo em seu estado puro. Além disso, serviu como desaguadouro dos excessos que tiveram início no governo de seu mestre, para que não tenhamos dúvida de quem foi a culpa.

Não é que os economistas neoliberais não reconheçamos o legado dos governos do PT. Pelo contrário, reconhecemos todos eles. Talvez fosse melhor para os petistas que os esquecêssemos.

Notícias boas e verdadeiras

Lauro Jardim nos faz saber que Haddad se reuniu com alguns empresários em São Paulo. Empresário, como sabemos, é um bicho pragmático. Pode até ter suas opiniões, mas prepara seus negócios para qualquer cenário. E um cenário possível é a volta de Lula ao poder.

Alguém anotou as “contribuições” de Haddad para o esclarecimento dos empresários e repassou-os ao jornalista.

Comento cada uma a seguir.

1) “O PT não é um partido de esquerda, mas de centro-esquerda.

”O PT quer ocupar o lugar do “centro”, aquele que não faz mal a ninguém. De fato, visto do PSTU, o PT é um partido de centro-esquerda. O problema é que, visto do centro, o PT é de esquerda mesmo.

2) “A culpa é da Dilma”

Já escrevi aqui que Dilma colheu o que Lula plantou. Na verdade, deu azar, porque a farra das commodities foi acabar justo no seu governo. Sem dinheiro para sustentar os gastos mastodônticos patrocinados desde o governo Lula, foi a pique. Mas ela não está sozinha nessa. Aliás, vemos que Haddad concorda com o Ciro.

3) “A grande vingança do Lula será fazer o Brasil crescer novamente”

A fala é uma bobagem, mas é interessante o tema da “vingança” aparecer na conversa. Há uma sensação ruim de que Lula de volta ao poder não deixará pedra sobre pedra. Mas pode ser só uma sensação ruim.

4) “Lula não sabia da corrupção na Petrobras.”

O esquema era 1/3 para o PT, 1/3 para o PMDB e 1/3 para o PP. Mas Lula não sabia de nada.

5) “Autonomia do BC, não”

Finalmente uma verdade. Parece aquela piada: “trago notícias boas e notícias verdadeiras. O problema é que as boas não são verdadeiras e as verdadeiras não são boas”.

É dura a vida do Haddad.

Governo de esquerda com ideias de direita

Interessante levantamento sobre parcerias público-privadas é repercutido hoje no Estadão. Trata-se de uma espécie de censo do avanço desse tipo de parceria no país.

Lembrei da grande repercussão negativa que causou o pedido, por parte do governo federal, de um estudo a respeito de possíveis parcerias no âmbito do SUS. Lembro da histeria que tomou conta da bancada da Globo News, que gastou horas debatendo a “privatização” do SUS. “Debatendo” é modo de dizer, porque em um debate há ideias diversas sendo discutidas. No caso, havia uma unanimidade: o SUS jamais deveria ser “privatizado”. Claro que todos os jornalistas ali presentes nunca devem ter colocado os pés em um hospital público.

A reportagem cita o exemplo de um hospital de Salvador, sob responsabilidade do governo do PT, e que firmou parceria de administração com a iniciativa privada. Um escândalo, que não teve a devida repercussão na Globo News e na imprensa em geral. Afinal, “privatizaram” um hospital público. Onde estão os defensores do SUS?

Cada vez me convenço mais de que o ideal para o Brasil seria um governo de esquerda, que acalma a consciência da inteligentzia tupiniquim, com ideias de direita, que são as que funcionam. Se existisse tal bicho, claro.

Ligue os pontos

Três notícias hoje no jornal:

1. PT e PSOL se pintam para a guerra contra a proposta do prefeito de São Paulo de reforma da previdência dos servidores municipais. Hoje o déficit do sistema é de R$ 6 bilhões por ano.

2. Membros do MTST ocupam a B3 em protesto contra a fome.

3. A prefeitura diminui de 1000 para 750 as marmitas diárias distribuídas no programa Rede Cozinha Cidadã.

Ligue os pontos.

Em que planeta vivem?

Abaixo, trecho da entrevista de Tasso Jereissati, hoje, no Estadão. Como sabemos, a exemplo de FHC, Tasso também foi se encontrar com Lula. O jornalista, então, pergunta se se trata de uma aliança eleitoral. Já teria sido suficientemente ruim apontar nessa direção, mas Tasso foi além: trata-se de uma aliança para governar!!!

Em que planeta vivem esses dirigentes históricos do PSDB, para achar que o PT vai aliviar a barra de um eventual governo psdebista??? Os petistas vão fazer a oposição desonesta e perniciosa que sempre fizeram, está em seu DNA. Para os petistas, ou o governo é do PT ou não serve. Todo não petista é fascista, como já deveriam ter aprendido FHC, Tasso e outros.

Não é à toa que Doria vai levar a indicação da candidatura pelo partido. É o único que tem alguma noção de realidade. Se o PSDB ainda tem uma micro chance de sucesso nas eleições é com alguém que pode bater em Lula de maneira crível. E esse alguém, no PSDB de hoje, é Doria. O que nos leva à conclusão de que, se Doria é o único com alguma noção dentro do PSDB, então as chances do partido nas eleições são realmente muito diminutas.

Obrigado, CBN!

Estava hoje ouvindo a rádio CBN no carro, quando começa uma reportagem sobre a inflação na cidade de São Paulo. Como sabemos, a inflação está salgada e é um dos principais assuntos da economia brasileira no momento. Após dar a notícia, a âncora do programa chama um convidado para comentar. Quase causei um acidente de trânsito quando ouvi o nome do convidado: o professor da Unicamp, Marcio Pochmann.

Para quem não conhece, Pochmann é um dos luminares da Unicamp que orientaram a política econômica da era Dilma, chefiando o IPEA. Depois de tudo o que aconteceu, é estupefaciente que pessoas como Pochmann ainda tenham voz na mídia brasileira.

Mas o mais curioso foi a entrevista em si. A jornalista tinha uma agenda e o entrevistado tinha outra completamente diferente. Enquanto o objetivo da matéria era comentar o impacto da inflação no dia a dia do cidadão, Pochmann aproveitava todas as perguntas para criticar o governo. Parecia conversa de bêbado com delegado.

Não importa muito as perguntas. As respostas foram mais ou menos na seguinte linha: a inflação está alta porque o governo liberou os preços dos combustíveis e da energia elétrica, e agora está aumentando a taxa de juros, o que vai levar o país à recessão.

Pois foi justamente o governo Dilma que segurou artificialmente os preços dos combustíveis e da energia elétrica e, depois de algum tempo, teve que liberar tudo de uma vez, causando uma grande inflação represada. No caminho, quebrou a Petrobras e o setor elétrico, que estão pagando as contas até hoje. Para terminar a obra, o Banco Central foi leniente com a inflação, segurando a taxa de juros em níveis artificialmente baixos, provocando uma inflação constantemente acima da meta.

Agora, um dos mentores desse maravilhoso programa econômico vem ditar (para não usar outra palavra, mais grosseira) regras sobre como baixar a inflação. É de lascar.

Obrigado CBN, por me recordar porque mesmo não votei no PT em 2018.

O motivo da irrelevância do PSDB

Semana passada, comentei aqui entrevista de Sérgio Fausto, diretor executivo da fundação FHC e uma das principais vozes da intelligentsia pe-esse-de-beiana. Em uma entrevista, o entrevistado pode ser pego de surpresa e não conseguir expressar exatamente o que queria dizer. Hoje, Sérgio Fausto escreve um artigo, o que permite entender de maneira mais fidedigna o seu pensamento. E a coisa, acreditem, piorou.

Depois de discorrer sobre o caráter democrático do PT, apesar de seus pecadilhos, como apoiar ditaduras como as de Cuba e Venezuela, e de colocar as diferenças entre PT e PSDB no campo das políticas econômicas, Fausto chega ao núcleo de seu artigo, destacado abaixo. Não consegui encontrar, até o momento, melhor demonstração, a um só tempo, de porque o PSDB se tornou um partido irrelevante no nível nacional e de porque Bolsonaro foi eleito presidente da República.

O articulista defende uma oposição ao PT, mas sem um “antipetismo furibundo e preconceituoso”. Ou seja, uma oposição do jeito que o PT gosta, de modo que o partido de Lula possa fazer, sozinho, uma oposição furibunda e preconceituosa a tudo o que se opõe ao partido. O trecho mais inacreditável do artigo é a atribuição a uma suposta “polarização autodestrutiva” entre PT e PSDB o fato de Bolsonaro ter chegado ao poder. É justo o oposto: o fato de o PSDB não ter feito polarização durante 15 anos fez com que os eleitores caíssem no colo do primeiro antipetista “furibundo e preconceituoso” que apareceu na praça. Bolsonaro é, antes de mais nada, cria desse PSDB civilizado que Sérgio Fausto tão bem representa.

Não é de se admirar, portanto, que, partindo de um diagnóstico falho, a tática eleitoral sugerida seja mais um furo n’água: Fausto sugere que o candidato do PSDB ataque Bolsonaro para chegar ao 2o turno, como se os anti-Bolsonaro já não tivessem o seu candidato de coração, Lula. Para deslocar Bolsonaro, é preciso convencer o eleitorado antipetista de que não se está votando em uma quinta-coluna do PT. O discurso de Sérgio Fausto mostra que o PSDB não é este partido.

É sintomático que, em um artigo de 5.000 caracteres, o articulista não tenha encontrado espaço para condenar o PT pela roubalheira da Petrobras. O máximo foi uma menção à “estigmatização da Lava-Jato” pelo PT, mas em um contexto de condenação do PT como um partido populista. O grosso do antagonismo foi descrito no campo econômico, o que, convenhamos, está longe de levantar as massas.

Vivemos em um país polarizado por causa do PT. Bolsonaro foi apenas a reação natural em um vácuo que se criou pela inapetência do PSDB. O final do artigo demonstra, com excelência, este ponto: “A terceira via […] perdendo ou ganhando, é importante que tenha força política para participar da construção do futuro do país”. Perdendo ou ganhando. É isso. Ao PT não interessa nada que não seja a vitória, enquanto o PSDB quer “participar da construção do futuro”. Não consigo pensar em nada melhor para explicar porque o PSDB se tornou um partido nanico nas eleições presidenciais.