Estatísticas da Covid-19

Trago hoje seis gráficos.

Três gráficos mostram a evolução do número de casos/capita (média móvel de 3 dias), considerando o início de cada série quando ocorre 1 caso/milhão de habitantes.

Três gráficos mostram a evolução do número de mortes/capita (média móvel de 3 dias), considerando o início de cada série quanto ocorre o caso #150.

Nos gráficos que mostram o Brasil contra Europa e EUA, tanto em número de casos quanto de mortes, a curva brasileira mostra-se bem mais suave, quase estável. Os números divulgados assustam (ultrapassamos mil mortes!), mas o fato é que o ritmo de crescimento tem sido bem contido.

Para aqueles que acham que as medidas de distanciamento social não têm nada a ver com esse resultado, trago também a comparação dos números da Suécia com os seus pares nórdicos. Os governantes suecos resolveram, voluntariamente, brindar a humanidade com um experimento que, de outra forma, teria sido impossível: manter uma população exposta à epidemia com medidas brandas de distanciamento social, confiando nos hábitos de higiene do povo. Com esse experimento, podemos constatar que o número de mortes/capita é bem mais elevado na Suécia do que nos seus pares nórdicos. A única diferença relevante entre esses países foram as medidas de contenção social. Obrigado, governantes suecos, por usarem a população do seu país como cobaia. A humanidade agradece!

O experimento sueco

Muito se tem falado do “experimento sueco” na contenção da epidemia. Parece que a Suécia adotou medidas bem mais suaves, não fechando escolas nem comércio. Segundo matéria do The Guardian de hoje, dica de Flavio Soares de Barros), parece que o governo está revendo seus conceitos. Os gráficos abaixo explicam porque.

O número de mortes na Suécia (por habitante), é bem menor que Espanha e Itália, e compatível com Reino Unido e França. Mas, recentemente tem se mostrado bem superior a países com que a Suécia se compara, como Alemanha e os outros países nórdicos (Noruega, Dinamarca e Suécia). São ainda poucos pontos, mas para uma doença que cresce exponencialmente, cada dia é um ano. E os suecos sabem disso.