Haja palestra!
Quando bloquearam 9 milhões do Lula, o pessoal fez algum malabarismo para provar que era possível juntar essa fortuna dando palestras. Ok.
Agora são 22 milhões. Que, imagino, se somem aos outros 9.
Haja palestra para continuar enganando os trouxas.
A Política Industrial certa
Então ficamos assim: dar incentivos para a indústria não está errado. Erradas foram as escolhas feitas. Mesmo que, na época, tenham sido aplaudidas de pé por estes mesmos que agora as criticam.
Quer dizer: o erro não está na ideia de política industrial, mas na sua implementação porca. Que sempre é aplaudida até o momento em que dá com os burros n’água, quando então será acusada de não ser a política industrial “certa”.
E assim vamos, de política industrial em política industrial, enquanto o trabalho árduo de simplificação tributária, desburocratização, qualificação de mão de obra, enfim, tudo aquilo que aumentaria a produtividade do país, vai ficando para as calendas.
Perdão pelo quê?
Lula e Dilma generosamente se dispõem a perdoar quem bateu panelas e defendeu o “golpe”.
Fiquei pensando: eu deveria pedir perdão pelo que?
Pela inflação ter caído de 11% para 3%?
Pelos juros terem caído de 14% para 7%?
Pelo fim do imposto sindical?
Pela flexibilização dessa excrescência autoritária chamada CLT?
Pela privatização da Eletrobrás?
Está difícil, me ajudem. Não consigo pensar em nada pelo qual eu devesse pedir o perdão de tão magnânimas figuras.
Alívio, gratidão e ansiedade
Meus sentimentos se dividem entre o alívio de não ser perseguido, a gratidão por não ser alvo de vingança e a ansiedade pelo reencontro com Dilma e o PT.
Viagem para o abismo
Não sou funcionário público da ativa.
Não dependo de bolsa-família.
Meus filhos não estudam em escola pública.
Uma boa parte de minha aposentadoria virá de minha poupança previdenciária pessoal.
O único incômodo que terei se a reforma da Previdência não for aprovada será a volta da inflação alta, única forma de fazer caber os gastos suecos do governo em um orçamento senegalês. Mesmo assim, consigo me proteger com investimentos que protegem meu poder de compra.
Por que, então, sou a favor de se reformar a Previdência? Em primeiro lugar, porque honestamente me dói no coração a situação dos funcionários públicos mais simples, dos dependentes do bolsa família, dos alunos das escolas públicas. Sem reforma da Previdência, estes estarão mais fu… do que hoje. E, acredite, é possível estar mais fu… do que hoje.
Mas, sou a favor da reforma principalmente porque não consigo pensar em qualquer outra política pública que seja mais concentradora de renda do que a Previdência brasileira. Principalmente no que se refere à previdência da classe média, com um exército se aposentando com menos de 55 anos de idade.
Infelizmente, os dependentes das políticas públicas foram convencidos pelos beneficiários da atual Previdência de que seriam prejudicados pela reforma. Ajudou nesta tarefa a porca estratégia de comunicação do governo.
Enfim, não sou funcionário público, não preciso do bolsa família, não dependo de escola pública, consigo me defender da inflação.
Boa sorte pra vocês nesta viagem para o abismo.
Redação nota 10
Aí Pedrão! Fez do limão uma limonada! Mostrou que sempre dá pra transformar o tema da redação do ENEM em um libelo contra o capitalismo. Nota 10, com certeza!
A Revolução Russa vive
Só tem um lugar no mundo hoje em que a revolução comunista russa é comemorada. E não é na Rússia.
Deputado safado
Ainda vou entender a influência que os sindicatos, mesmo sendo somente representantes de si mesmos, têm sobre os políticos.
E vou querer nome e sobrenome do deputado safado que votar a favor disso aí.