Capitalismo selvagem

Muitos empresários, mas muitos mesmo, saíram da pobreza com base nas regras do capitalismo. Aliás, muitos empregados também. O fluxo de venezuelanos para o Brasil e outros países demonstra, para quem tem olhos para ver, a falácia do Estado como “indutor do desenvolvimento social”, o que quer que isso signifique.

É natural que o ex-ministro do STF invoque sua trajetória para defender um “Estado como indutor do desenvolvimento social”: como funcionário público de carreira, nunca precisou se preocupar em gerar lucro ou manter seu emprego. O Estado foi o indutor de seu próprio “desenvolvimento social”. Nunca lhe ocorreu que seu salário é pago, em última instância, pelos lucros dos empresários e pelos salários dos empregados que vivem sob as regras do capitalismo. E, no Brasil, um capitalismo que caminha com uma bola de ferro amarrada à perna, chamada “Estado indutor do desenvolvimento social”.

Não se engane: quando você ouvir alguém falar que é contra o “ultraliberalismo” ou o “capitalismo selvagem”, na verdade é contra o livre mercado mesmo. Este discurso é somente uma desculpa para manter uma grande burocracia estatal (de onde o ex-ministro tem sua origem) e um capitalismo de laços, onde se dá bem quem é amigo do rei.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.