Nanismo diplomático

Assisti ontem Entebe, do José Padilha. Se você relevar algumas mensagens sebosas no meio, é um bom thriller, com excelente ritmo.

Tive curiosidade de ler os jornais da época. Isso que vai aí é a reação da diplomacia brasileira.

Quatro brasileiros (todos judeus) haviam sido libertados na primeira leva. Sendo assim, Azeredo da Silveira não se viu no dever de agradecer ao governo de Israel pela libertação dos reféns. Além disso, deu lição de moral, insinuando que em Israel haveria “cidadãos de segunda classe”, o que simplesmente não corresponde aos fatos.

No final, usa como desculpa o ataque em solo ugandense para não enviar cumprimentos. Como se Idi Amin Dada não tivesse sido cúmplice do sequestro.

A tradição de nanismo diplomático vem de longe.

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