Bolsonaro vs. Alckmin

Com Joaquim Barbosa fora, resta apenas Jair Bolsonaro como “novidade” nesta eleição.

Apesar de vir sendo deputado federal há décadas, Bolsonaro voou abaixo dos radares durante todo esse tempo. Apareceu nacionalmente apenas nesta eleição.

Marina, Alckmin, Ciro, Álvaro Dias e o candidato do PT a ser indicado, de uma maneira ou de outra não são “novidades”, seja pelos seus currículos, seja pelo partido que representam. Com a saída de Barbosa, Bolsonaro passa a ser o único outsider no páreo.

Além disso, pesquisa no Valor de ontem indica que a corrupção é a principal preocupação dos brasileiros, vencendo itens como segurança, saúde e emprego. Neste quesito, Barbosa era um símbolo. Não mais, o que deixa livre a pista para candidatos como Bolsonaro.

Apesar de ser um candidato fraco de um partido sem estrutura, Bolsonaro aumentou significativamente suas chances de chegar ao 2o turno nesta eleição sui generis. Para enfrentar, em minha opinião (e já escrevi isto aqui), Geraldo Alckmin. Para desespero dos petistas.

Promessa de campanha

Trump cumpriu mais uma promessa de campanha.

Sei que parece esquisito para a nossa cultura política, mas nos EUA, se um candidato promete alguma coisa, ele procura cumprir o que prometeu.

Quem elegeu Trump sabia exatamente o que ele faria. E o elegeu por causa disso. Simples assim.

O subdesenvolvimento está na cabeça dos brasileiros

Pesquisa publicada hoje no Valor.

72% dos pesquisados consideram que as principais empresas do país devem ficar nas mãos do Estado ou não têm uma opinião forte a respeito. Isso depois do Petrolão e das inúmeras demonstrações da incompetência do Estado-empresário.

O subdesenvolvimento não é acidental. Está na cabeça dos cidadãos.

Então…

Entrevista do novo presidente dos Correios, indicado por Gilberto Kassab.

Sabe aquela história de racionalização dos Correios, com fechamento de agências deficitárias? Então…

Distribuindo a miséria

Quantos imóveis desocupados existem no centro de São Paulo? 1.000? 2.000? 10.000?

Quantas famílias moram em condições “indignas”? (para usar o jargão, ainda que careça de precisão: o que faz uma moradia ser digna?). Certamente muito, mas muito mais famílias do que os imóveis desocupados e passíveis de invasão.

Então, fica a pergunta: por que esses que invadiram têm mais direito a um apartamento no centro da cidade, e não outros que moram nas inúmeras favelas ou na periferia profunda da cidade? Porque chegaram primeiro? Porque fazem parte de um “movimento” e “lutaram” pelo seu direito? O que aconteceria se todos os necessitados “lutassem” pelos seus direitos dessa maneira, ao mesmo tempo? Suspeito que o resultado não seria bonito de se ver.

Não existe solução fora da lei e da ordem. A lei é o que protege o mais fraco do mais forte, e permite que a civilização exista. Fora disso, é a lei da selva. E na lei da selva, o mais forte fisicamente vence. Ou você tem dúvida de quem conquistaria seus apartamentos se todos “lutassem” ao mesmo tempo?

Além disso, vimos como, na prática, o mais forte vence: “coordenadores” usam práticas de milicianos para achacar os pobres coitados. Fora da lei, não há salvação. Para ninguém.

E qual a solução, então? Não existe solução fácil. Todas já foram tentadas e redundaram em fracasso. O último exemplo vem da Venezuela: anos e anos de políticas populistas, que prometiam vida “digna” para todos, sem construir as bases para isso.

E quais são as bases? Em primeiríssimo lugar, o respeito à lei e à propriedade, sem o qual não há condições para o investimento produtivo. Quem vai colocar seu dinheiro e seus talentos para produzir se corre o risco de ver o fruto do seu trabalho ser “conquistado” por “movimentos sociais” ou ser confiscado pelo Estado?

É preciso ficar claro, de uma vez por todas: não existe criação de riqueza sem investimento produtivo, e não existe investimento produtivo sem proteção à propriedade. E, se não existe criação de riqueza, a única coisa que a “justiça social” conseguirá distribuir será a miséria.

Ponto fora da curva

A jornalista começa a entrevista tentando provocar a velha cantilena “desenvolvimentista”. Ioschpe corta de cara, dando nome aos bois do problema econômico brasileiro. O resto da entrevista é exemplar e, mesmo sendo presidente do Sindipeças, em nenhum momento chora pela falta de “incentivos” para a indústria.

Ioschpe é um ponto fora da curva. Se os empresários brasileiros pensassem como ele, o Brasil estaria em outro patamar de desenvolvimento.

Divórcio do Brasil

Só faltava o dinheiro próprio pros petistas criarem um país só deles. O divórcio do Brasil (e a moeda é um dos principais símbolos de um país) está cada vez mais claro.