O Valor Econômico de hoje trás dados específicos de uma cidade onde a secretaria de saúde diz que haverá caos se os cubanos forem para casa.
Santa Luzia, na região metropolitana de BH, tem 218 mil habitantes e 15 médicos cubanos, o que perfaz 0,07 médicos por mil habitantes. Mesmo se considerarmos apenas os 58 mil habitantes que a secretaria diz que serão afetados, temos uma relação de 0,26 médicos por mil habitantes atendidos. Infelizmente não há dados sobre o total de médicos da cidade, mas para uma média brasileira de 2,18 médicos por mil habitantes, parece não ser suficiente para piorar um caos que já deve existir hoje.
Estes números servem para corroborar o que disse no meu post de ontem: os médicos cubanos mal fazem cócegas nas terríveis estatísticas da saúde pública brasileira.
Também corroborando meu post de ontem, o Valor trás histórias comoventes de pacientes atendidos pelos cubanos, para nos convencer de que farão falta. Sim, para essas pessoas sem dúvida farão falta. Elas tiraram o bilhete de loteria de ter um médico cubano disposto a trabalhar em regime de semiescravidão. Agora, este bilhete lhes será retirado.