A volta dos mortos-vivos

E não é que a Marta Suplicy não morreu?

Com a cara de pau própria dos políticos profissionais, eis que Marta volta à cena, em entrevista ao Estadão. Muito instrutiva, por sinal. Eu não sabia, por exemplo, que meninas que têm mais irmãs do que irmãos são feministas desde o berço. Conclusão que deve ter vindo de seus estudos sexológicos.

No campo político, Marta decretou que Lula é um preso político. Marta saiu do PT, mas o petismo não saiu de Marta. O fato de ter pulado do barco no auge do “golpe” justamente para o partido do golpista-mór foi apenas um acidente de percurso, do qual ela se arrepende. Agora.

Com relação a 2022, o candidato para vencer Bolsonaro não pode ser um outsider, como Doria, mas Luciano Huck é um “nome muito interessante”, pois ele está “focado em aprender sobre política”. É a figura do “paraquedista esclarecido”.

Política deve ser um vicio pior que drogas ou bebida. A pessoa simplesmente não consegue ficar fora. Marta tenta desesperadamente voltar ao jogo eleitoral, para sentir aquela adrenalina da campanha e, depois, do poder. Para isso, tenta recuperar o capital político perdido com sua traição ao PT na hora mais escura do partido. Marta, ao migrar para o PMDB, perdeu seus eleitores de esquerda e, obviamente, não conseguiu ninguém à direita. Ao tentar voltar ao ninho, Marta só confirma o que todos já sabiam: não passa de uma oportunista como qualquer outro.

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