A ficção do salário mínimo

O salário mínimo serve somente para uma coisa: aumentar os gastos da Previdência Social com aposentadorias e pensões. Como o poder público não precisa, em tese, seguir a lógica econômica, vai se endividar ou rodar a maquininha de imprimir dinheiro para pagar o salário mínimo aos pensionistas.

Na economia real, no entanto, onde a mão de obra é um insumo como qualquer outro, salários acima do salário mínimo só serão pagos se a produtividade compensar. Senão, ou não se contrata, ou se contrata informalmente por um salário menor.

O salário mínimo é uma ficção, fetiche das esquerdas que prometem o paraíso para aqueles que infelizmente não têm como ganhar essa quantia, por menor que possa parecer. Sim, cresceu o número de trabalhadores que ganham, NO MÁXIMO, um salário mínimo. É a economia real dando o seu recado.

Iniciei o post dizendo que, em tese, o governo não segue a lógica econômica. Somente em tese. Na prática, as discussões sobre controle de gastos ou reforma da previdência estariam em um outro patamar se não houvesse vinculação dos benefícios ao salário mínimo. Alguns dirão que o que se faz é justiça social, ao garantir um mínimo para a sobrevivência dos pensionistas, o que melhoraria a distribuição de renda.

Assim é se assim lhe parece. Na outra ponta, por falta de recursos, faltam políticas públicas para aumentar a produtividade dos jovens, o que lhes proporcionaria um salário maior e menor dependência de políticas públicas na velhice. Mas esse é um raciocínio neoliberal, como sabemos. Bom mesmo é continuar enganando o povo com um “salário mínimo”.

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