Pulando a cerca do teto

FHC recomenda pular a cerca, mas explicando direitinho os motivos para a esposa, de modo que ela não fique zangada.

FHC sabe do que está falando. Em 1998, por motivos eleitorais, segurou quanto pode um regime cambial fixo que não tinha futuro. Em 1999, recém-eleito, foi obrigado a abandonar o regime cambial fixo que jurava que estava ali para sempre. O resultado foi uma queda irreversível da sua popularidade, que custou a eleição do seu sucessor.

Bolsonaro pode brincar de furar o teto. Afinal, não vamos deixar o povo passar fome. Como se não houvesse R$ 30 bilhões de gastos passíveis de serem cortados em um orçamento de R$1,5 trilhão.

Como eu ia dizendo, Bolsonaro pode brincar de furar o teto. Será o bolsa família mais cara da história e lhe custará a reeleição. FHC sabe disso e talvez esteja maquiavelicamente empurrando para esse resultado.

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