Aprendi que a geração Z tem, hoje, entre 11 e 26 anos de idade. Portanto, excluindo os adolescentes que estão ainda na escola, os outros estão agora entrando no mercado de trabalho. Aprendi também que essa geração está aprendendo a dizer “não”, sem se preocupar com o dinheiro que poderão deixar de ganhar.
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A senhorita, cuja foto representa a tal geração, está sentada em um sofá que deve custar, por baixo, uns 20 mil reais. Fora o quadro atrás. E, claro, não poderia faltar o indefectível Mac, que não sai por menos de 7 mil. Um jovem da geração Z, mesmo dizendo “sim”, não teria condições de estar nessa foto com seus próprios recursos. O que me leva a concluir que o tão festejado “não” da geração Z só é possível enquanto existe alguém dizendo “sim” por trás. O “sim” das gerações anteriores financia o “não” da geração Z.
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Em determinado momento a repórter nos informa que esse jovem, apesar de ter tanto a contribuir com as empresas pelo seu senso de propósito e de cultura participativa, forma o maior contingente de desempregados do país. A reportagem certamente faria melhor se entrevistasse jovens que estão dispostos a dizer “sim” para qualquer tipo de emprego, pois precisam se sustentar. Poderia começar pelos entregadores do iFood e Rappy, perguntando a eles sobre “senso de propósito” e “saúde mental”.
É fácil dizer “não” quando se é campeã olímpica ou quando se está confortavelmente sentado no sofá da casa dos pais.