“Prefiro morrer a perder a liberdade”.
O presidente poderia estender a sua campanha pela liberdade para outras esferas da vida social.
Por exemplo, até hoje o serviço militar é obrigatório. O certificado de reservista é exigido de todos os homens do país que queiram exercer seus direitos civis, como votar e tirar passaporte. Essa coleira precisa acabar.
Aliás, por falar em passaporte, por que exigir passaporte de quem entra no Brasil? Isso é um atentado ao direito de ir e vir dos cidadãos. O governo Bolsonaro deveria simplesmente extinguir essa coleira, liderando um movimento global pela liberdade.
O comprovante de votação é outra coleira exigida dos cidadãos, que são obrigados a votar, senão não conseguem exercer outros direitos civis.
Dirigir meu carro quando quero e onde quero? Também não tenho essa liberdade. Agora mesmo estou sendo obrigado a renovar minha carteira de motorista, com direito a exame médico fake, para apresentar essa coleira ao primeiro guarda que me parar em uma blitz. As mães são obrigadas a mostrar a carteira de vacinação dos seus filhos para fazer matrícula nas escolas públicas. Quando Bolsonaro nos livrará de mais essa coleira?
Fumar em estabelecimentos públicos é outra liberdade que me foi tirada (em tese, porque não fumo, mas e se eu quisesse começar?). Não exigem passaporte de não-fumante, porque a nicotina não sai do pulmão do fumante para o ar, mas, mesmo assim, trata-se de um atentado à minha liberdade.
Bolsonaro está claramente falhando nessa batalha pela nossa liberdade. Não está honrando o salário que recebe como presidente, pago com meus impostos. Aliás, tem coleira maior do que ser obrigado a pagar impostos para manter governantes ineptos no poder? Espero que Bolsonaro também se atente a essa falta de liberdade e torne voluntário o pagamento dos impostos. Ou a liberdade, que enche a boca do presidente, é seletiva?