Doces memórias

Meu pai era carioca, torcedor do Flamengo. Em um dia no início da década de 60, ele foi ao Maracanã assistir a um jogo contra o Santos. Foi um massacre: 7 x 1. Ele contava que, ao final da partida, o público presente no estádio levantou e aplaudiu de pé o espetáculo que acabara de assistir. Desde então, além dos jogos do Flamengo, ele também ia aos jogos do Santos no Maracanã, só para ver Pelé e companhia jogar.

Quando se casou com minha mãe, que morava em São Paulo, meu pai se mudou para cá, e elegeu o Santos como seu time de coração. Sempre que podia, nos levava para ver os jogos do time. Lembro, ainda pequeno, de assistir a um jogo do Santos com Pelé em campo. Não lembro de muita coisa, a não ser meu pai chamando a atenção para aquele jogador: “ali é o Pelé!”

Pelé, além de um gênio da bola, me traz à lembrança doces memórias de meu pai. Agora, meu pai, quem sabe, poderá pedir para bater uma bolinha com ele. Estou certo de que seria o seu desejo.

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