Sabe aquela história da bomba de fumaça, que alguém joga para distrair o inimigo enquanto se dedica a executar o seu plano? Pois é exatamente isso que Haddad está fazendo ao defender uma “reforma administrativa” para limitar os “supersalários” do funcionalismo.
Não que os salários que ultrapassam o teto constitucional não sejam uma vergonha. Mas o seu montante (cerca de R$ 3,9 bilhões anuais) sequer arranha o problema. A folha de pagamentos da União totaliza R$ 350 bilhões/ano. Sentiu o drama?
Haddad propõe uma reforma para estampar nas manchetes, o brasileirinho vibra com o fim das mordomias, enquanto tudo continuará como está. E assim vamos, de factoide em factoide, até a próxima crise global arrastar os países que não fizeram a lição de casa.