Sabe qual a semelhança entre um carro elétrico e a diarreia? O medo de não chegar em casa.
Ouvi essa piada ontem, e já purgado do meu sentimento de culpa por ter rido muito, deparo com essa reportagem, justamente sobre a falta de infraestrutura para abastecimento de carros elétricos. E não aqui, mas nos EUA e na Europa. As montadoras estão pedindo prorrogação das metas para o fim da produção de carros movidos a combustíveis fósseis porque 1) faltam postos de carregamento, 2) faltam baterias e 3) os preços começam a ficar muito altos com o início da retirada de subsídios. Em outras palavras, a demanda não está acompanhando o entusiasmo dos reguladores.
Claro, eu sei que as coisas não são 8 ou 80. Qualquer esforço na direção da descarbonização já está valendo. Mas a julgar pelos avisos apocalípticos que, vira e mexe, lemos de especialistas, a vaca já foi para o brejo.
O futuro é do carro elétrico, pois dá menos manutenção, é mais silencioso e polui menos. Mas a transição será muito mais lenta do que desejariam os apocalípticos, pois depende de muitos avanços tecnológicos que estão ainda em futuro não muito próximo. E a indústria automobilística já avisou que não vai carregar o piano sozinha enquanto aguardamos.